Aparecem citados os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Edison Lobão (PMDB-MA), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Ivo Cassol (PP-RO), além dos deputados federais João Carlos Bacelar Filho (PR-BA) e Arlindo Chinaglia (PT-SP). Os nomes foram citados nas delações de Marcelo Odebrecht e Henrique Serrano do Prado Valladares, que assinaram acordos de delação premiada com a Justiça.
Os presidentes do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e do PMDB, senador Romero Jucá (RR), são os que acumulam o maior número de pedidos de investigações, cinco ao todo. Os delatores relataram promessa e pagamento de vantagens indevidas ao senador mineiro em troca do apoio do parlamentar em assuntos de interesse da Odebrecht relacionados às usinas hidroelétricas de Santo Antônio e Jirau.
Informações levantadas pelo jornal Valor Econômico apontam os valores pagos em cada prestação giravam em torno de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões, sendo pagos por meio do setor de Operações Estruturadas da companhia. Aécio Neves era identificado como “Mineirinho”.
O nome do senador Edison Lobão também foi citado. Marcelo Odebrecht afirmou que ocorreu um pagamento de R$ 5,5 milhões em favor de Lobão com o objetivo de que o governo federal interfirisse para a anulação da adjudicação da empresa Tractebel-Suez (atual Engie) vencedora da licitação de Jirau. Lobão consta na lista da Odebrecht com o apelido de “Esquálido” e teria recebido o pagamento em espécie, entregue na casa de seu filho.
Ivo Casso, na época governador de Rondônia também foi citado junto com João Carlos Gonçalves Ribeiro, que era secretário de planejamento do Estado. Os dois teriam recebido um repasse de R$ 3 milhões em decorrência de favorecimento nos procedimentos relativos à execução das obras de Santo Antônio.