Gavião-carijó é resgatado com asas cortadas por linha de cerol em Manaus

Foto: Divulgação/Gerência de Fauna Ipaam

Um gavião-carijó foi resgatado nesta quarta-feira (26), na área verde de uma empresa no bairro Colônia Antônio Aleixo, zona Leste de Manaus. O resgate foi feito pela gerência de fauna do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). Os funcionários da empresa entraram em contato com o órgão ao perceber que o animal estava extremamente debilitado.

Os analistas de fauna do Ipaam constaram que o animal estava com duas asas cortadas e preso em linhas com cerol. O gavião-carijó foi encaminhado para o Refúgio da Vida Silvestre Sauim-Castanheiras, onde está sendo tratado dos ferimentos causados pela linha de cerol.

Desde 2013, o órgão vem efetuando o resgate de animais silvestres. Em 2014, a Gerência de Fauna resgatou 517 animais; em 2015 foram 602; e até o final se setembro de 2016 já foram resgatados 390 animais silvestres.

O Instituto alerta sobre os perigos da linha de cerol aos animais silvestres da área urbana: “Conforme verificado durante esses anos, temos recebido solicitações de resgate de várias espécies de aves vítimas de cerol. Quando estas linhas são cortadas, elas ficam presas nas árvores e transformam-se em verdadeiras armadilhas, causando na maioria das vezes um ferimento tão grave que leva a amputação de uma ou de ambas as asas das aves. Esses traumas impedem que os animais retornem a natureza gerando um impacto sobre a fauna local”, explicou o gerente de Fauna do Ipaam, o biólogo Marcelo Garcia.

As espécies mais atingidas pela linha de cerol são Rupornis magnirostris (gavião-carijó), Pulsatrix perspicillata (murucututu) e Geotrygon montana (pariri). “Mesmo as aves silvestres que vivem nas áreas urbanas possuem importância na vida das pessoas como exemplo algumas espécies de corujas que se alimentam de ratos, que são transmissores de várias doenças”, completa o biólogo.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Pará perde Mestre Laurentino; artista completaria 99 anos em janeiro de 2025

Natural da cidade de Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó, ele era conhecido como o roqueiro mais antigo do Brasil.

Leia também

Publicidade