O filhote foi assistido por parte de equipe do Grupo de Pesquisas em Mamíferos Aquáticos Amazônicos (Mamaq) do Instituto Mamirauá. Com experiência em estudos sobre a ecologia e iniciativas de conservação da espécie, o grupo tratou da alimentação e atendimento de saúde do peixe-boi.
O mamífero aquático mede 84 centímetros e pesa cerca de 10 quilos e meio. De acordo com a pesquisadora Hilda Chávez, do Grupo de Pesquisas em Mamíferos Aquáticos Amazônicos do Instituto Mamirauá, o filhote está em boas condições físicas. “Passados uns dias com a equipe, (o peixe-boi) passou a se movimentar mais, brincar e a comer as plantas, ele já está comendo plantas muito bem, além da amamentação. Foi bem interessante como ele evoluiu nesse período”, afirma a pesquisadora.
Depois de mais de 10 dias de cuidados pelos profissionais do instituto, o filhote, batizado de “Tuxauazinho Sião”, foi transportado na madrugada do último sábado (09) por lancha, saindo da cidade de Tefé, até Manaus.
Técnicos do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) cuidaram dos procedimentos para o traslado em segurança do mamífero aquático. Um colchão e toalhas úmidas foram providenciados para que o corpo do peixe-boi se mantivesse resfriado.
A lancha chegou por volta de 18h ao porto de Manaus. De lá, o animal foi levado até a sede do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), onde está sob as atenções de especialistas da instituição, até estar pronto para voltar ao habitat natural.
“Tuxauzinho Sião” recebeu esse nome pela personalidade forte, digna de um tuxaua (líder) e em homenagem à comunidade onde foi encontrado e recebeu os primeiros cuidados.