A partir de um Termo de Cooperação Técnica firmado entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), as comunidades rurais fixadas em Unidades de Conservação no município de Santarém, no oeste do Pará, terão acompanhamento e serão atendidas em assuntos relacionados à capacitação de produtores rurais e à assistência técnica. O principal objetivo do documento é garantir o desenvolvimento rural agroecológico nas áreas protegidas por lei.
A parceria, ratificada nesta sexta feira (01), no escritório regional da Emater em Santarém, foi oficializada pelo presidente da Emater, Paulo Amazonas Pedroso, representado no ato pelo gerente regional Rosivaldo Colares. Pelo Termo, as ações de assistência técnica e extensão rural serão desenvolvidas inicialmente na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, uma unidade de conservação composta atualmente por 75 comunidades, com extensão de 647.610 hectares.
De acordo com o gerente regional da Emater, Rosivaldo Colares, o documento assinado vai beneficiar, também, comunidades de outros municípios na região. “No caso de Santarém, em princípio nós vamos atender, em parceria com o ICMBio, a região do Alto Arapiuns, onde se encontram comunidades carentes e bastante isoladas, que necessitam de assistência técnica. Depois alcançaremos outras localidades, com o apoio dos escritórios regionais da Emater em Altamira, Itaituba e Monte Alegre”, explicou Rosivaldo Colares.
Logística
O ICMBio vai disponibilizar infraestrutura e logística para o desenvolvimento das atividades relacionadas aos programas e projetos pactuados na região da Unidade de Conservação e garantirá a participação dos técnicos da Emater nas capacitações promovidas ou apoiadas pelo órgão. Para o coordenador regional do ICMBio, Carlos Augusto de Alencar Pinheiro, a parceria será fundamental para diversificar e fortalecer a atuação da Emater nas comunidades.
“As ações de assistência técnica terão como público preferencial os agricultores familiares, extrativistas, ribeirinhos, pescadores artesanais, agricultores e outros segmentos. Vamos fornecer apoio logístico para que a assistência e o extensionismo possam chegar a essas comunidades para diversificar a produção e enriquecer a cesta familiar”, ressaltou o coordenador.
Dinaldo Cardoso, presidente da Associação das Organizações da Reserva Tapajós-Arapiuns Tapajoara classificou a assinatura do Termo de Cooperação como um ato histórico. Segundo o líder comunitário, este será um novo momento para as famílias que residem na área de conservação. “A Tapajoara hoje tem 75 comunidades, sendo 26 comunidades indígenas. É um desafio muito grande, pois esta é a área mais distante do município de Santarém. No entanto será um desafio recompensador, pois terá um povo que luta por melhor assistência técnica, fazendo com que a produção familiar possa avançar”, argumentou.