De acordo com o instituto, os animais costumam ser resgatados em locais como terrenos, residências e igarapés próximos de áreas verdes.
A jiboia não é uma espécie peçonhenta, pois não possui veneno e muito menos consegue inocular no ser humano, portanto, não oferece risco neste aspecto, ressalta o Gerente de Fauna do Ipaam, o biólogo Marcelo Garcia. A cobra pode medir até 4 metros de comprimento. Ela não é peçonhenta, apesar da crendice popular associá-la a produzir veneno em certa época do ano, o que não é verdade”, esclarece o gerente de Fauna do Ipaam.
Em casos em que o cidadão localize uma cobra no ambiente urbano, o biólogo recomenda isolar o animal do contato humano e acionar imediatamente o resgate de fauna do Ipaam ou do Batalhão Ambiental. “Acreditamos que a jiboia se adaptou bem ao ambiente urbano porque ela tem o seu alimento disponível em abundância, principalmente os roedores. As cobras durante a busca de alimento ou em época de reprodução realizam deslocamentos que podem colocá-las em contato com seres humanos”, informa o biólogo.
Minoria
As cobras peçonhentas foram a minoria entre os ofídios resgatados pelo Ipaam em 2016. Das 76 cobras resgatadas, apenas três eram peçonhentas, sendo duas jararacas e uma coral verdadeira.
“Este número baixo pode ser explicado devido às pessoas que, por terem medo de acidentes, acabam matando os animais. Portanto as pessoas podem matar a cobra e não informar ao órgão ambiental ou também pelo fato das cobras peçonhentas serem mais encontradas nos ambientes de floresta ao invés do urbano”, comenta.
Multas
O Ipaam alerta que matar animais silvestres é proibido e que pode acarretar em multas de R$ 500 a R$ 5 mil por exemplar e prisão de seis a 18 meses.
O resgate de fauna atende no número (92) 2123-6774, dentro da área urbana. Já o Batalhão de Policiamento Ambiental recebe denúncias através da linha direta 98842-1547 ou ainda pelo 190.