Como transformar um cantor em artista lendário

“É um trabalho muito curioso”, começa a contar o diretor cênico de um dos três espetáculos da série, Matheus Sabbá, em entrevista exclusiva ao Fila A. “Nesses concertos a gente trabalha exatamente as temperaturas e as referências de cada um dos lugares onde as músicas acontecem”, explica.

Neste ano, as três apresentações buscam retratar da melhor forma as influências e consequências do Soul (“All Star”), os trechos de musicais de sucesso da Broadway (“Playbill”) e as trilhas sonoras de filmes de ação icônicos (“A Arte da Guerra”) – todos sob a chancela dos corpos artísticos do Estado mais alguns convidados.

Foto: Luciano Nogueira/Portal Amazônia

Para isso, Matheus Sabbá conta que um longo trabalho de pesquisa é feito por todas as equipes que compõem a parte de visagismo dos espetáculos. “O nosso preparo já começa na sala de ensaio, explicando as formas dos movimentos, os jeitos dos cantores e dizendo, por exemplo, os filmes que os solistas têm que assistir para pegarem as referências”.

E o processo de montagem do personagem continua: “Depois a gente vai na CTP [Central Técnica de Produção da Secretaria de Cultura] e procura coisas que já se aproximam das características dos personagens. Tem coisas que são aproveitadas de apresentações passadas, outras são produzidas para complementar os figurinos. Mas a gente sempre tenta mesclar jeitos e roupas para chegar nos artistas que vão ser representados no palco”.

Foto: Luciano Nogueira/Portal Amazônia

“No caso de Playbill, o direcionamento é mais teatral, porque a gente está retratando literalmente os trechos das histórias. No caso de All Star, já é próprio maestro quem indica a tonalidade vocal ou a coloratura que o solista tem que interpretar, por exemplo. Tudo porque a gente tem a inspiração nos personagens, o que não quer dizer que, no palco, os solistas vão ser idênticos às estrelas daquelas épocas”.

Cabaré dos anos 30

Uma das solistas convidadas para participar do All Star, Nay Souza conta como se sente ao interpretar artistas icônicos das décadas passada: “Trabalhar um personagem peculiar, de uma época e um repertório específico, em cima do palco dentro do Teatro Amazonas, tem uma pressão bem maior”.

Foto: Luciano Nogueira/Portal Amazônia

De acordo com Nay, muito do figurino que ela usa na apresentação é composto de peças que ela já tinha, a única coisa que comprou foram alguns acessórios que remetessem à década de 30. “O tema do figurino é ‘Cabaré dos anos 30’, mas, já que eu tive liberdade para escolher o que vestir, eu não quis muito seguir à risca. Eu me sinto à vontade fazendo um estilo que é meu, e já que as minhas raízes estão no rock, eu tentei criar um look com peças minhas”, conta.

Ao mesmo tempo que a pressão é punk, para Nay, ela finaliza reafirmando que a apresentação é a realização de um sonho.” É o lugar onde todo mundo queria estar”.

A programação da quinta série Encontro das Águas segue com apresentações no Teatro Amazonas nos dias:

26 de julho, às 20h – A Arte da Guerra

27 de julho, às 20h – All Star 

28 de julho, às 17h e 20h – Playbill

Foto: Luciano Nogueira/Portal Amazônia

Foto: Luciano Nogueira/Portal Amazônia

Os ingressos estão à venda na Bilheteria do Teatro e no site www.bilheteriadigital.com/teatroamazonas, e custam (valores inteiros):

R$ 60 (plateia e frisas);

R$ 40 (camarote 1º pavimento);

R$ 30 (camarote 2º pavimento);

R$ 20 (camarote 3º pavimento).

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