Publicitário usa inteligência artificial para revisitar a lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

Imagens históricas produzidas por Viktor Navorsky viralizaram nas redes sociais.

Dezesseis imagens criadas pelo publicitário Viktor Navorsky acerca da histórica Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) ganham milhares de engajamentos nas redes sociais. Construídas através de Inteligência Artificial (IA), as representações são um viço diante das fotos desbotadas que costumam ser publicadas e do estado de abandono da ferrovia construída entre 1907 e 1912. 

Os trilhos ligavam Porto Velho a Guajará-Mirim; 366 quilômetros entre as cidades. Trabalhadores de mais de 40 países aportaram à região inóspita para concluir a obra colossal que ceifou mais de 6 mil vidas.


A história fabulosa sempre intrigou o goiano Viktor, 35 anos. Ele chegou a Rondônia aos 2 anos de idade. Viveu a infância em Guajará e, aos 17, foi morar em Porto Velho. Ou seja: viveu nos dois polos da ferrovia e absorveu a energia que estes lugares antigos irradiam.
Releituras de cenas da velha ferrovia. Foto: Divulgação

Publicitário e designer de profissão e apaixonado por artes em geral, o rapaz diz que a motivação para produzir as fotos — foram necessários mais de 200 testes até chegar às 16 obras publicadas — é manter viva a memória afetiva do maior símbolo histórico da região. “Eu me graduei aqui e tudo que tenho e conquistei foi germinado desta terra. Sou um “beradeiro” de coração”, conta, com orgulho, sobre sua condição de rondoniense. 

Em tempo: “Beradero” é como é chamada, informalmente, a pessoa que nasceu ou mora no vale do Rio Madeira. Existe o entendimento de que há uma “cultura beradera” em Porto Velho, que inclui a linguagem, a gastronomia e o comportamento. E, claro, o “beradero” que se preza tem o amor pela história, notadamente pela EFMM, que gera uma espécie de “culto” na cidade pela preservação da sua memória mais cara e afetiva.

Viktor recriou o cotidiano centenário. Foto: Divulgação

Viktor encontrou na publicidade e no design o seu sustento. Mas “o imaginário por trás da história da EFMM sempre povoou minha mente”, relata, completando que “tentei trazer meu olhar para esta terra, seja através de arte propriamente dita ou do enaltecimento da história”.

Sobre o autor

Às ordens em minhas redes sociais e no e-mail: julioolivar@hotmail.com . Todas às segundas-feiras no ar na Rádio CBN Amazônia às 13h20.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista 

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