Confira o que foi destaque no Estado de Rondônia.
••• Contemplado pela Lei Aldir Blanc, o projeto do quarto álbum do “Minhas Raízes” promete muitas emoções, sempre com temáticas ligadas à cultura ribeirinha. O grupo musical “Minhas Raízes” existe há 15 anos. Foi formado na comunidade de Nazaré, região do Baixo Rio Madeira (Porto Velho) e tem em seu currículo várias premiações e, além da música de qualidade, marca ponto pela sua militância acerca da resistência cultural e socioambiental. Quer ouvir?
••• A Academia Rondoniense de Letras sofreu duas baixas em seus quadros. Em fevereiro faleceram o historiador Francisco Matias e o poeta João Correia. Ambos respeitadíssimos na educação e na cultura rondonienses. Perdas irreparáveis. Foram vítimas da Covid-19.
••• “1912 – Vitória na Selva”. É o título do livro de 400 páginas e uma linha do tempo de 200 anos, autoria do jornalista Ricardo Leite. A abordagem sobre a História da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) traz imagens e documentos inéditos e, de quebra, um acabamento gráfico-editorial top de linha, com direito a capa dura.
O exemplar do livro “1912” custa R$ 65 e o frete R$ 10; segue com o autógrafo do autor. Mais detalhes sobre a obra – AQUI
Para lembrar, a EFMM foi uma das maiores odisseias do Planeta. A obra executado entre 1907 e 1912 implicou 20 mil trabalhadores de cinquenta pátrias. A história foi retratada em diversos livros, documentários e na minissérie da TV Globo Mad Maria, levada ao ar em 2005, inspirada no livro homônimo do manauara Márcio Souza.
••• Em Vilhena, sul de Rondônia (700 km de Porto Velho), foi demolida há exatos dois anos a Igreja de Nossa Aparecida. A edificação fazia parte dos cartões postais e da iconografia urbana. Houve bastante contestação por conta da inesperada destruição do templo que só tinha 25 anos de existência. Ainda hoje a obra do novo imóvel não avançou, deixando um “buraco” no centro da cidade considerada a mais bonita do ponto de vista arquitetônico do estado.
••• A questão da memória nunca foi tratada como se deve pelas instâncias de governo. Um dos equívocos nesta seara, cometido há quatro anos, foi a mudança do nome do Palácio Presidente Vargas (antiga sede do Governo de Rondônia) para Museu da Memória. É um contrassenso! Se por um lado a instituição do museu (graças aos esforços de abnegados, e não de políticos) representa um avanço e tanto, a mudança do nome do edifício é um desserviço à memória. Nada impediria que o museu se chamasse Palácio Presidente Vargas, pois foi assim concebido quando da sua inauguração em 1954. E outra: todo museu é “da memória” — menos o do Rio de Janeiro, que é o Museu do Amanhã.
••• Em tempo: Getúlio Vargas foi o responsável pela criação do Território Federal do Guaporé, antigo nome de Rondônia, cujas terras foram desmembradas dos estados do Mato Grosso e Amazonas. Getúlio merece estar imortalizado no nome do Palácio.
••• É lugar-comum, mas passou da hora de se discutir a diminuição dos repasses ao Legislativo — em todos os níveis. Há municípios em que o poder custa um terço de tudo que se emprega na educação, por exemplo. Em tese, legislador apenas fiscaliza e legisla, não faz obras e não deveria ser o balcão de negócios que é nas negociações com o Executivo na liberação de emendas para municípios e nas nomeações de staffs.
••• É certo que o legislador precisa de uma gama de assessores versados na regência adequada da atividade parlamentar. E isso custa caro, em tese. O que se vê na prática, porém, são gabinetes que funcionam como comitês eleitorais e assessores que, na verdade, são cabos eleitorais dos deputados, vereadores e senadores. As exceções existem, claro. Mas elas só confirmam as regras.
••• Em plena pandemia no novo coronavírus, todos são sacrificados. Do catador de papelão à grande indústria, passando pelos cidadãos comuns que vivem um clima de guerra pela sobrevivência. Não se fala, entretanto, em cortar da carne dos políticos. Cabides de emprego continuam existindo sem constrangimentos, assim como o uso de aeronaves, diárias, carros oficiais, auxílios diversos (moradia, alimentação, paletó…). E a mídia deveria apegar-se neste ponto: os privilégios dos políticos (inúteis, em sua maioria) em meio a fase emergencial.
Por ora, fico por aqui.
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