Compositor de Rondônia tem músicas gravadas pelos maiores ídolos sertanejos da atualidade

Édson Garcia trabalhava na roça.

O ex-trabalhador rural Édson Garcia, natural da região do Cone Sul, em Rondônia, desponta no cenário nacional da música sertaneja. Coleciona parcerias com craques do segmento, a exemplo de Marília Mendonça e Gabriel Agra, e foi gravado por ídolos do primeiro time desse universo musical, como Gusttavo Lima, Luan Santana, Henrique & Juliano, Zé Felipe, dentre outros.

São dezenas de composições bem-sucedidas de Édson. Para aumentar ainda mais o rol da fama, em 2023, nomes como Maiara & Maraisa e Zezé Di Camargo & Luciano estão na lista dos artistas que irão interpretar o rondoniense.

Édson junto com Luan Santana. Foto: Divulgação

Édson Garcia nasceu em Colorado do Oeste (760 km de Porto Velho), em 1981, e até os 16 anos morou no sítio, na Linha 9, a dez quilômetros da cidade de Cabixi. Pai mineiro e mãe maranhense, viveu a infância simples com seis irmãos. Alguns de seus familiares ainda estão em Rondônia. Inclusive, o pai dele — Carlito — mora em Vilhena.

“Sempre gostei de música sertanejo. Ouvia desde pequeno canções de Milionário & José Rico, Matogrosso & Matias, Chitãozinho & Xororó, entre tantos outros”, disse.

Em entrevista para a coluna JOTAÓ ESCREVE — que preza a pluralidade e todas as vertentes da cultura —, o compositor filosofa: “Sonhos são feitos para serem realizados. Mas, existem as pessoas que desistem no caminho”. Há 17 anos ele foi morar em Goiás — a meca da música sertaneja no país. Movido por muitos sonhos, fixou residência em Anápolis e hoje mora em Goiânia.

Da roça ao estrelato 

“Trabalhei na roça, fui criado aí em Rondônia. Meus pais se conheceram no Mato Grosso, saíram de lá e foram desbravar essa região, na década de 1970. Colorado do Oeste ainda era parte do município de Vilhena”, relata o artista.

Começou a cantar aos 12 anos, em igreja evangélica e, durante muito tempo, dedicou-se à música gospel, fazendo dupla com Halison. “Depois, fui para os barzinhos. Lutei bastante até encontrar meu rumo na música sertaneja. O primeiro sucesso que compus foi gravado somente em 2014, por Zé Ricardo & Thiago: “Toma e fica louca”, que tem um refrão-chiclete: “Quero ser essa latinha pra colar na sua boca”. O Brasil todo ouviu!

Quem quiser conhecer mais sobre o artista, basta ir ao Instagram.

O sertanejo já não está se esgotando?

Édson Garcia segue seu destino de ritmaker, “principalmente de uns quatro anos para cá, quando despontei para valer”, conta, cheio de entusiasmo. Mas será que o ciclo ainda dura a fechar? Perguntado se o fenômeno da música sertaneja já não está ficando saturado, Édson responde de pronto que “não”.

“Já faz mais de dez anos que a música sertaneja está no topo, em todo o país, arrastando multidões. E o ciclo não vai terminar por agora, porque o sertanejo sempre se renova. Hoje, o gênero tem a capacidade de se misturar com o funk, o pagode e com outros ritmos, de sumir uns tempos, estrategicamente, e de reaparecer com outra pegada de acordo com a andamento do mercado”, analisa o compositor, pelo jeito muito atento sobre a cena musical popular.

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*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

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