Cenas icônicas da cidade são destacadas por artista plástica.
A coleção de pinturas “Vilhena sua linda” da artista plástica Camila Schneider é uma homenagem aos 45 anos de emancipação político-administrativa de Vilhena [município polo do sul de Rondônia], comemorados nesta quarta-feira, 23 de novembro.
São dez desenhos feitas com óleo sobre tela produzidos em tempo recorde: apenas dois meses. As obras foram expostas durante o Conexão Sebrae, evento realizado entre 17 e 20 de novembro, no Park Shopping, e voltarão à mostra no dia 23 de novembro na Praça Ângelo Spadari (centro) junto com trabalhos de outros artistas locais, numa promoção da Fundação Cultural de Vilhena (FCV).
Centenas de visitantes puderam admirar o trabalho de Camila durante o Conexão Sebrae. A identificação do público com o conteúdo é imediata. É que as pinturas retratam cenas urbanas, pontos turísticos e históricos da cidade. Natural de Vilhena, a jovem de 32 anos conta: “todo o meu crescimento foi aqui nesta cidade”. Seu objetivo ao pintar diferentes pontos bem conhecidos, sob um olhar artístico, “é familiarizar as pessoas à pintura e causar nelas a emoção ao reconhecer esses lugares”.
Entre as paisagens, a artista pintou o atual campus da Universidade Federal de Rondônia, que foi sede da antiga prefeitura e tinha o nome de Palácio dos Parecis. É um imóvel histórico, com cerca de 43 anos. Outra pintura que chama atenção é a bucólica Praça dos Três Poderes, numa rotatória que “une” a prefeitura, a câmara de vereadores, o fórum e a sede do Ministério Público. Aliás, essa segunda — vertical medindo 70 por 60 centímetros — é a tela de que a autora mais gosta.
Além dos monumentos e ruas arborizadas pelos quais as pessoas passam todos os dias, muitas vezes apressadas e sem tempo para admirá-los, Camila Schneider também fez questão de pintar uma colheitadeira em um campo de soja. O agronegócio é o carro-chefe da economia rondoniense, e Vilhena é a “capital” da soja no Estado.
A artista, formada em artes visuais, define que em seus traços predominam o romantismo “que vem com uma pitada de naturalismo e, quanto às cores, está presente um olhar barroco”.
Contemporânea
A coleção “Vilhena sua linda” apresenta um prisma singular para a história de Vilhena. Atém-se à identidade imagética contemporânea. A artista não retrata, por exemplo, a Casa de Rondon, imagem icônica de um passado mais remoto que simboliza a origem do município, há mais de 112 anos. “Eu mesmo fotografei as cenas, são abordagens mais atuais e presentes no dia a dia”, sublinha.
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