Arte indígena de Rondônia faz sucesso fora do estado

Cerâmicas produzidas pelo povo suruí compõem acervo do Museu da Casa Brasileira

••• Tem gente que nem se liga na beleza e significado da arte presente nos artesanatos indígenas. Mas, versados em design ficam maravilhados com o que encontram nas aldeias de Rondônia.

A Cerâmica criada pelo povo Paiter Suruí, de Cacoal representa Rondônia na exposição permanente do Museu da Casa Brasileira (MCB), fundado em 1970 e instalado em São Paulo no tradicional e elegante Solar Fábio Prado. Conheça AQUI

Arte Genuína

Muito reconhecida por especialistas brasileiros pela beleza e originalidade. Já participou de diversas exposições, inclusive no exterior, e pode ser encontrada à venda em Cacoal (480 km de Porto Velho). Aliás, é o município onde funciona o único museu, em todo o Brasil, dentro de uma aldeia, com o melhor da arte produzida pelo povo Suruí.

Foto: Júlio Olivar


••• O ADEUS A ANÍSIO. Causou profunda consternação a morte do memorialista Anísio Gorayeb, em Porto Velho, ocorrida dia 21 de março. Anísio ministrava palestras em escolas, entidades e afins sobre a história rondoniense, que ele dominava como ninguém. Também apresentava programas na Rede TV e Rádio Rondônia FM. Aos 66 anos, o comunicador era muito querido e sua morte deixou uma lacuna muito grande na cultura. Publicou um livro: Doces lembranças.

Anísio Gorayeb foi o terceiro membro da Academia Rondoniense de Letras (ARL) falecido em menos de um mês. Os outros escritores vitimados pela Covid-19 foram Francisco Mathias e João Correia.


••• 105 ANOS SEM VESPASIANO. Morto em Porto Velho, o poeta Vespasiano Ramos é lembrado como o precursor da literatura em Rondônia, embora tenha nascido no Maranhão. O livro “Cousa Alguma” do bardo maranhense foi lançado em 1916, mesmo ano da morte de Vespasiano, aos 32 anos. Quer conhecer mais sobre a vida e obra do autor? Segue aqui um link para você baixar de graça o livro “O poeta que morreu de amor


Ficou guardada na gaveta o livro inédito “O senhor feudal do Guaporé”. Infelizmente, o historiador Francisco Mathias, o autor, faleceu sem ver a biografia de Aluízio Ferreira publicada. Aluízio foi o controvertido primeiro governador e líder do PSD do antigo território federal do Guaporé, atual estado de Rondônia.

Muito importante que o livro seja conhecido pelo público. Até como forma de homenagear a memória de Mathias que levou anos para pesquisar sobre as façanhas de Aluízio Ferreira, líder dos “Cutubas” (apelido da facção política contrária aos “Peles curtas”). Coronel Aluízio foi, segundo o Marechal Rondon, “o último legionário do sertão”.

No último dia 22 de março fez exatos 104 anos a publicação do livro “Rondônia”, do médico e antropólogo carioca Edgard Roquette-Pinto (1884/1954). O título do referido livro inspirou o nome do estado, significando Terra de Rondon. Rondônia foi uma palavra inventada por Roquette, pai do rádio no Brasil, que acompanhou Rondon em uma de suas expedições, em 1912. 


••• PRÉDIO DE ANTIGO CINEMA SERÁ RESTAURADO. Uma igreja evangélica será obrigada, por força de decisão do Tribunal de Justiça de Rondônia, a restaurar o prédio do antigo Cine Resky. O imóvel em “Art déco” foi edificado em 1950 e foi todo descaracterizado. A volta ao padrão arquitetônico inicial foi uma conquista de ativistas da cultura que se mobilizaram em nome da salvaguarda da memória de Porto Velho. 

Cinema – Foto: Divulgação


••• Falando em patrimônio histórico, ainda está à mercê de uma resposta do Poder Executivo Estadual o pedido — feito há cinco anos pelo Ministério Público Federal — de tombamento da primeira residência em alvenaria da capital rondoniense. Trata-se justamente da casa construída em 1917 e onde morou a Família Resky, que deu origem ao famoso cinema. Nenhuma providência do Executivo até o momento, apesar das recomendações do MPF.

Porto Velho é das poucas cidades do mundo cuja primeira residência está em pé. Isso é muito significativo. Ali, à rua José Alencar, pode-se instalar um belíssimo espaço cultural, ou cedê-la a uma instituição correlata. Basta que adquiram o imóvel privado e deem um encaminhamento adequado ao mesmo como forma de que ele seja útil e preservado.

Tudo o que não podem fazer é descaraterizar e muito menos demolir a casa que pertenceu ao pioneiro libanês George Chediak Resky e que faz parte da memória afetiva e da história da arquitetura da cidade. 

Foto: Divulgação

••• JUSTA HOMENAGEM. Está na Casa Civil, para sanção do governador, o Projeto 938 dando o nome de Ponte Manoel Cosmo Rios, localizada em Ji-Paraná (376 km de PV). O autor da proposta é o deputado Laerte Gomes e visa a homenagem a um verdadeiro pioneiro. Manoel Rios faleceu há quatro meses, depois de morar desde 1969 em Jipa. Natural do Ceará, chegou jovem ao antigo Território do Guaporé onde iniciou as primeiras lojas materiais de construção e de gás de cozinha de Ji-Paraná, na época ainda chamada Vila Rondônia. 

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