No documento, publicado na página do Twitter de Almagro, ele solicita que a crise humanitária e democrática da Venezuela, e a consequente questão dos migrantes, seja discutida em um prazo máximo de duas semanas.
“A situação por si só é desesperadora pela falta de acesso a direitos sociais básicos por parte do povo venezuelano; o colapso da saúde, da educação, da segurança, das capacidades públicas de prover água e eletricidade e de atender às condições mínimas que a sociedade exige para sobreviver”, disse Almagro, na carta endereçada a Rita Hernández Bolaños, atual presidente do Conselho Permanente da OEA.
Almagro ressaltou ainda os esforços de quase todos os países do continente e de alguns países europeus em “receber os migrantes venezuelanos e atender suas necessidades”.
O secretário-geral disse ainda que o governo de Nicolás Maduro tem mostrado “incapacidade absoluta” para assegurar as necessidades da população. E afirma que o problema deve ser tema de discussões multilaterais e coletivas.
Algumas horas antes, também em sua página no Twitter, Almagro escreveu que “na Venezuela, o regime matou manifestantes e membros da oposição e continua a torturar, deter e violar direitos, conforme documentado no relatório oficial da OEA”.
Em maio deste ano, a OEA lançou extenso documento em que alerta para “evidências que apontam para o uso sistemático, tático e estratégico de assassinatos, prisões, tortura, violações e outras formas de violência sexual, como ferramentas para aterrorizar o povo venezuelano em uma campanha planificada para esmagar a oposição ao regime”.