A afirmação ocorreu dois dias depois de Almagro afirmar que não descarta a hipótese de intervenção militar na Venezuela. O Brasil e demais países que formam o Grupo de Lima condenaram a alternativa.
“Eu não me calo nem saio, os líderes dos governos que queriam que eu ficasse quieto são cúmplices [do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro] e queriam que eu fosse embora, mas não farei isso até que a ditadura caia”, afirmou ontem (16) Almagro em sua conta no Twitter.
Crise
Em uma mensagem de mais de seis minutos, Almagro discorre sobre a crise humanitária que dominou a Venezuela e o êxodo migratório na região. “São vítimas do horror da ditadura”, disse o uruguaio. “Nossa mensagem não é de violência, mas é precisamente para deter a violência, para impedir a agressão e a repressão.”
Almagro destacou que há “falta de ação do regime Maduro”, provocando uma reação coletiva da comunidade internacional para trabalhar em proteção dos venezuelanos. Segundo ele, suas palavras sobre a hipótese de intervenção militar na Venezuela foram mal interpretadas.
“Devemos agir de acordo com o direito internacional e o sistema interamericano, é o que fazemos quando denunciamos os crimes de violação dos direitos humanos, a corrupção e a vinculação do governo ao narcotráfico perante o Tribunal Penal Internacional”, disse o secretário-geral da OEA.
Almagro agradeceu a Colômbia e a todos os países que apoiam os imigrantes venezuelanos.