Após ter alcançado diversos países da América Central e do Sul, o escândalo da construtora brasileira Odebrecht também chegou ao Peru. O Ministério Público de Lima emitiu oficialmente nesta segunda-feira (6) um pedido de investigação ao ex-presidente do país Alejandro de Toledo.
O ex-mandatário, que esteve no poder na nação de 2001 a 2006, foi acusado de lavagem de dinheiro e tráfico de influências segundo o ex-representante da companhia no Peru Jorge Barata.
Com as declarações de Barata, a Procuradoria peruana está investigando agora Toldedo por supostamente ter recebido US$ 20 milhões de propina da Odebrecht, que teria pago o valor para conseguir receber a outorga para a construção da Estrada do Pacífico, projeto que ligará a costa do Peru ao Brasil.
O suborno teria acontecido entre 2005 e 2008, mesmo após a saída do ex-mandatário do poder, através do empresário israelense Josef Maimam.
Este é o primeiro presidente do Peru a ser investigado de forma direta em casos de recebimento de propinas para permitir que uma companhia ou conglomerado ganhasse um concurso de licitação para obras públicas. No entanto, ele não deverá ser o único nas investigações da Odebrecht.