Pelo menos 17 pessoas morreram devido ao apagão, que já dura 5 dias, na Venezuela

Organizações não governamentais (ONG) que atuam na Venezuela informam sobre o agravamento do estado de saúde dos pacientes em meio ao blecaute que afeta a maior parte do país há cinco dias. De acordo com comunicado divulgado no Twitter pela ONG Medicos Por La Salud, 17 pacientes morreram em nove hospitais.

A Coalizão de Organizações pelo Direito à Saúde e à Vida (Codevida) informou, também pelo Twitter, que a poluição da água, falta de higiene e de alimentos se tornaram problemas de saúde pública em Carabobo, afetando sobretudo crianças, mulheres e idosos.

Segundo a Codevida, os pacientes psiquiátricos também sofrem com as dificuldades que atingem o país. Pelos dados da organização, os atendimentos em psiquiatria caíram de 23 mil para 3.500.

Grupo de Lima

Em comunicado, o Brasil e mais 10 países que integram o Grupo de Lima se solidarizaram com os venezuelanos afetados pelo apagão que atinge o país desde o dia 7. No documento, os governos dos 11 países reiteram apoio a Juan Guaidó, autodeclarado presidente da Venezuela, em defesa de novas eleições, sem interferência externa e da atuação da Assembleia Nacional.

No texto, o Grupo de Lima diz que a responsabilidade pelo colapso do sistema elétrico venezuelano é do “regime ilegítimo de [Nicolás] Maduro”. “Ratificamos nosso compromisso com o povo venezuelano em sua busca por uma solução para a crise que afeta seu país”, diz o comunicado divulgado na noite deste domingo (10).

O documento informa que somente um governo legítimo, surgido de eleições livres e democráticas, poderá realizar a reconstrução das instituições, da infraestrutura e da economia do país, de que os venezuelanos necessitam para recuperar sua dignidade, o exercício das liberdades civis e o respeito de seus direitos humanos, após anos de negligência e negação.

O comunicado é assinado pelos governos da Argentina, do Brasil, Canadá, da Colômbia, Costa Rica, do Chile, da Guatemala, de Honduras, do Panamá, Paraguai e Peru.

No documento, o Grupo de Lima alerta sobre as mortes de pacientes em hospitais e clínicas em decorrência da falta de abastecimento elétrico. “Esta situação não faz senão confirmar a existência e a magnitude da crise humanitária que o regime de Maduro se nega a reconhecer”, acrescenta o texto.

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