“Esses magistrados que deram um golpe de estado não podem ficar impunes”, afirmou o primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional, o opositor Freddy Guevara, desde o Palácio Federal Legislativo. Ele disse que a câmara iniciará o processo de destituição dos juristas do máximo tribunal, na próxima terça-feira.
Guevara chamou seus partidários a demonstrar que não vão “obedecer a esta tirania”. Além disso, o parlamentar aproveitou a ocasião para aplaudir a posição da procuradora-geral, Luisa Ortega, que qualificou a decisão do Supremo como uma “ruptura da ordem constitucional”.
Guevara não deixou claro qual é o objetivo ou o alcance do ato do parlamento contra os magistrados que integram a Sala Constitucional, dado que a câmara venezuelana está em “desacato” há mais de um ano, e seus atos são “nulos” –portanto inválidos.
Ex-presidente do Legislativo, o também opositor Henry Ramos Allup afirmou hoje que irão aos respectivos tribunais disciplinares para que “tirem os títulos e expulsem membros” da “sala inconstitucional”.
O parlamento já tentou, no começo de 2016, a destituição de vários desses mesmos magistrados por considerar que foram nomeados pelo chavismo de forma irregular, no entanto, não conseguiu materializar a saída dos juristas.