“Não vamos permitir um golpe parlamentar na Venezuela”, disse o mandatário que, no Palácio de Miraflores, sede do governo, acompanhado de milhares de chavistas que estavam manifestando ao seu favor, convocou uma reunião para esta quarta-feira (26) para falar da situação política do país. Maduro também comentou que a Constituição do seu país outorga ao presidente “o poder de defender o direito à liberdade, à democracia e à vida do povo venezuelano”.
Com a abertura do julgamento, a Assembleia ordenou que o presidente venezuelano compareça à sessão da próxima terça-feira (1º), o que deve ser recusado por Maduro que, como a Suprema Corte do país, considera o órgão “ilegítimo”. Também foi acordado que uma comissão prepare um estudo de responsabilidade penal, política e de abandono de cargo do chavista após debate sobre a situação constitucional da presidência.
Reação
Nas ruas, os apoiadores de Maduro repetiam gritos como “o povo o quer, dissolva a Assembleia” e “Venezuela não é Brasil”, fazendo alusão ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff que, para o país, foi um golpe. Em discurso inflamado, o presidente disse que o que está acontecendo na Assembleia “está se transformando em um espaço de maldade e de amargura” e que “nem [Barack] Obama, nem a direita e nem nenhum império poderão com a força do povo chavista bolivariano”.