“O presidente da Venezuela pediu um encontro porque estava vindo do Oriente Médio e iria fazer uma escala técnica em Roma. Ele havia vindo em julho de 2013, depois tinha feito um pedido, mas ficou doente e não pode vir. E ele pediu. Quando um presidente pede, é recebido. Há mais de uma era é assim em Roma”, disse aos jornalistas.
Sobre o que foi debatido, Jorge Mario Bergoglio destacou que, durante a conversa de meia hora, “eu lhe fiz algumas perguntas e ouvi seu relato porque é sempre bom ouvir a todos”. “Segundo, o diálogo é a única estrada para todos os conflitos e para todos os conflitos se dialoga. Não há outro caminho. Coloco todo o meu coração sobre o diálogo e acredito que se deve andar por essa estrada. Não sei como isso terminará porque é muito complexo, mas as pessoas que estão dialogando tem uma estatura política importante”, ressaltou o líder da Igreja ao falar sobre o comitê para o diálogo entre oposição e governo na Venezuela.
Sob pedido dos dois lados, o Vaticano também entrou nas negociações para tentar por fim à crise política que levou ao país à graves problemas sociais e econômicos. “[Luíz Rodríguez] Zapatero, que foi duas vezes premier da Espanha, e [José Manuel] Restrepo pediram à Santa Sede para estar sempre no diálogo entre as duas partes e a Santa Sé designou o núncio da Argentina. Acredito que a negociação está ali. Quantas vítimas teriam sido poupadas se o Oriente Médio também tivesse diálogo”, finalizou Francisco.