Quatorze países-membros da Organização dos Estados Americanos (OEA), entre eles a Argentina e o Brasil, divulgaram declaração conjunta para pedir ao governo da Venezuela a realização de eleições e a libertação dos presos políticos. O documento alerta que a suspensão da Venezuela da OEA, pedida pelo secretário-geral da organização, Luis Almagro, é o último recurso e que antes dessa decisão devem ser esgotados todos os esforços diplomáticos em prazo razoável.
O texto da declaração, divulgado nessa quinta-feira (23) à noite pela agência de notícias EFE, foi confirmado à Télam por uma fonte da chancelaria argentina.
“Consideramos urgente que se atenda, de maneira prioritária, à liberação de presos políticos, se reconheça a legitimidade das decisões da Assembleia Nacional, segundo a Constituição, e que se estabeleça um calendário eleitoral, que inclua eleições”, diz a nota.
A declaração é assinada pela Argentina, o Brasil, Canadá, Chile, a Colômbia, Costa Rica, os Estados Unidos, a Guatemala, Honduras, o México, Panamá, Paraguay, Perú e Uruguay.
Esses países formam, dentro da OEA, o chamado “Grupo dos 15”, liderado pelo México e integrado também por Belize, que deve se manter neutro por estar atualmente na presidência do Conselho Permanente da organização.
Os países que firmam o documento declaram profunda preocupação com a situação na Venezuela. Eles destacam o compromisso com a promoção e a defesa da democracia e dos direitos humanos firmados na Carta da OEA e na Carta Democrática Interamericana (CDI).
Os países se comprometem a avaliar cuidadosamente o pedido apresentado por Almagro na semana passada de suspensão da Venezuela como membro da OEA. Paralelamente, reiteram seu apoio ao diálogo e à negociação para solucionar os problemas enfrentados pelo povo venezuelano.