O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, disse nessa segunda-feira (29) que a mobilização convocada para esta terça-feira (30), em Caracas, será na sede do Ministério do Interior e não mais nas embaixadas, como estava previsto. Ele denunciou um suposto plano para “atacar” as sedes diplomáticas.
“Ficou cancelada essa visita às embaixadas, não vamos para as embaixadas. Sabemos, de pessoas dentro do governo, do plano que tinha sido montado para atacar as sedes diplomáticas”, advertiu Capriles, em entrevista divulgada nas redes sociais.
A oposição tinha chamado os manifestantes a se mobilizar nas várias embaixadas e consulados credenciados no país, um dia antes da reunião de chanceleres que será realizada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) para analisar a crise venezuelana.
Capriles afirmou que a intenção do suposto esquema é “refutar, continuar no processo de deslegitimar um protesto que tem a verdade na sua mão”.
O governador do estado de Miranda disse ainda que os manifestantes seguirão para a sede do Ministério do Interior e Justiça, em Caracas, “um dos grandes culpados de todas as mortes, dos feridos e por tudo que está ocorrendo no país”.
“Isso que aconteceu hoje, todos esses feridos, tudo (que) ocorreu no dia de hoje, vamos encontrar amanhã nas ruas do país”, disse o dirigente do partido opositor Primeiro Justiça, ao se queixar da atuação da polícia contra os protestos.
Há dois meses, uma onda de manifestações a favor e contra o presidente Nicolás Maduro começou na Venezuela, deixando 59 mortos e milhares de feridos.