Segundo o ofício do MP venezuelano, os ex-militares promoveram um assalto armado no dia 21 de dezembro a duas unidades do Exército daquele país na cidade de Gran Sabana. Como resultado, um integrante das Forças Armadas venezuelanas morreu.
Ainda de acordo com o MP da Venezuela, uma investigação foi conduzida e apontou crimes cometidos pelos ex-militares, como o roubo de material de guerra que seria utilizado posteriormente em ações terroristas.
Os militares foram localizados pelo exército brasileiro durante missão de reconhecimento e patrulhamento na área de fronteira na terra indígena de São Marcos, nordeste de Roraima, no dia 26 de dezembro.
Em nota divulgada no dia 28 de dezembro, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou que os cinco militares foram recebidos por integrantes da força humanitária da Operação Acolhida. Eles poderão dar início ao processo de pedido de refúgio no país, a exemplo de outros militares venezuelanos.
“A ´Força Tarefa Logística Humanitária Operação Acolhida´ tem prestado relevantes serviços no atendimento aos imigrantes venezuelanos na fronteira norte do Brasil, sendo reconhecida e premiada internacionalmente”, completou o Itamaraty.
No ofício ao Procurador-Geral da República, o MP da Venezuela baseia o pleito no tratado de extradição entre os dois países, celebrado em 1938. O MP argumenta no documento que não seria aplicável o processo de refúgio, pois cometeram “graves delitos comuns”.
A Agência Brasil entrou em contato com a PGR e aguarda resposta sobre o ofício enviado pelo Ministério Público da Venezuela.