Manifestações movimentam as ruas de Caracas na Venezuela

Foto: Reprodução/Facebook

Desde o início da madrugada desta quinta-feira (1º), as ruas de Caracas estão tomadas por manifestações que pedem a saída do presidente Nicolás Maduro. A Mesa da Unidade Democrática (MUD), grupo de partidos de oposição ao governo, espera reunir mais de 1 milhão de pessoas de várias cidades do país na capital. Por outro lado, correligionários do presidente também realizam manifestações de apoio a Maduro. Até o momento, os órgãos oficiais não divulgaram os números exatos de pessoas que participaram dos eventos.

Nas redes sociais, o secretário-executivo da MUD, Jesus Chuo Torrealba, disse que os eventos mostram a força da democracia no país. “Esse 1º de setembro mostrou ao mundo a cidadania democrática com coragem e liderança democrática com capacidade de condução”, disse Torrealba. Os manifestantes que tomam as ruas pedem a realização de um referendo revogatório para tirar Nicolás Maduro do poder.
De acordo com o documento publicado no site oficial do grupo oposicionista, na próxima quarta-feira (7) a oposição vai até o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ratificar as exigências sobre as condições para o referendo. No dia 14 de setembro serão realizadas marchas em todas as capitais do país e no dia seguinte, será convocada novamente uma grande manifestação nas ruas de Caracas, com duração de 24 horas, exigindo a realização imediata do referendo revogatório.

Vídeo postado nas redes sociais da oposição venezuelana:

Resposta de Maduro
Praticamente de forma simultânea, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do presidente Nicolás Maduro, realizou uma manifestação na Avenida Bolívar, a menos de 10 quilômetros de onde opositores estão concentrados. Durante o evento o presidente disse que fará de tudo para defender o povo. “Estou disposto a fazer qualquer coisa para defender a pátria, a soberania e nosso povo “, afirmou.

Foto: Reprodução/Facebook
Maduro também afirmou que está planejando uma série de ações para melhorar a governança da Venezuela. A primeira delas seria iniciar um diálogo com os críticos do governo. A segunda, alcançar, ainda em 2016, todas as metas de melhoria de vida da população estabelecidas pelo governo. A última ação planejada, é trabalhar para recuperar a economia e acabar com a “guerra econômica” que assola o país.O presidente também anunciou que solicitará a anulação da imunidade parlamentar de todos os cargos públicos. De acordo com Maduro, a  medida deverá evitar que alguns funcionários abusem do benefício para conspirar contra o povo.
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