O ex-prefeito de Caracas e um dos maiores opositores do presidente Nicolás Maduro, Antonio Ledezma afirmou nesta segunda-feira (20) que decidiu abandonar o seu país por temer que fosse “sequestrado” pelas forças de segurança. A informação é da agência ANSA.
Em entrevista à imprensa em Madri, ele afirmou que “havia uma ideia de revogar o benefício de prisão domiciliar e levar-me ao túmulo. Acredito que, fechado no túmulo, eu não sou útil como posso começar a ser no exílio”.
O opositor chegou em Madri no último sábado (18), vindo da Colômbia, após fugir da Venezuela. Ele cumpria prisão domiciliar desde 2015 por ser acusado de conspiração e formação de quadrilha.
Durante a coletiva, Ledezma ainda disse que não pedirá asilo político na Espanha. No entanto, quer garantir uma permissão de residência no país, mas que lhe permita viajar por todo o mundo. Seu objetivo é denunciar “abusos” do governo de Maduro.
Ledezma, 62 anos, é um dos fundadores do partido Alianza Bravo Puevo (ABP) e é considerado, pela comunidade internacional, como um “preso político” de Caracas. No ano passado, ele foi retirado de sua casa por oficiais por um suposto “plano de fuga” encontrado em seus documentos.