Já Trump gera polêmica pelo que fala. As mulheres e os imigrantes, por exemplo, são alvo de criticas do candidato republicano. Ele é repudiado por muitos porque ‘fala sem filtro’ e não mede as consequências do que fala. É impulsivo e usa as redes sociais com maior frequência para se manifestar.
É senso comum nos EUA que os dois dividem opiniões até mesmo dentro dos próprios partidos. E já se diz que os republicanos não serão mais os mesmos após Trump, pois ele dividiu o partido.
O fato é que, embora nos EUA a eleição para presidente seja federal, a decisão do pleito depende de cada estado. Os candidatos precisam percorre-los em busca de votos nos pontos onde as suas candidaturas estão mais fragilizadas.
Republicanos x Democratas
No mapa americano, alguns dos seus 50 estados se posicionam tradicionalmente a favor de um dos dois partidos. A corrida se dá onde ainda pode haver mudanças no voto. Estados com Califórnia e Flórida, que têm maior número de delegados no colégio eleitoral, são os mais requisitados.
Em 2016, os candidatos também correm em busca de eleitores, por exemplo, na Pensilvânia. Neste estado não há eleição antecipada. O voto só ocorre no dia do pleito, nesta terça-feira (8), e como a Pensilvânia tem uma tendência democrata, a candidata Hilary Clinton centraliza esforços no local. Por isso, no sábado (5) e na segunda (7), os eleitores de PA, como é conhecido o estado, receberam a candidata Hilary. Na segunda (7), até o presidente Barack Obama e a primeira-dama Michele Obama, pediram para os americanos votarem.
Voto
Nos EUA o voto não é obrigatório. São 245 milhões de pessoas com mais de 18 anos, aptas a votar. E esse voto pode ser decisivo em uma eleição onde segmentos como mulheres, imigrantes e negros estão se posicionando e já se manifestaram a favor de Clinton.
A disputa, na véspera de eleição é bem diferente do Brasil, onde os candidatos falam diretamente com o eleitor. Nos EUA, o trabalho árduo do momento é a de busca voluntários. Eles vão de casa em casa pedindo votos e o mais importante: convencendo o eleitor a ir votar no dia da eleição. Cada voto é importante. Como o americanos dizem: ‘ele pode fazer a diferença’.
As pesquisas mudam todos os dias nos EUA. O site mais usado pelos americanos para acompanhar a tendência é o 538, que atualiza diariamente o quadro eleitoral.
As redes sociais têm sido um meio de grande propagação de mensagens e de enorme impacto nas campanhas. Os jovens têm usado cada vez mais a ferramenta para buscar informações sobre política.
Dos dois candidatos, Trump é o que melhor usa as redes sociais. Ele é conhecido por mandar posts às três horas da manhã. A maior parte deles, mensagens que não passam pelo filtro de assessoria de imprensa.
E qual presidente seria melhor para as relações com o Brasil? Especialistas afirmam ser Hilary, porque tem uma relação muito próxima com o País. No passado, participou de programas sociais com a antropóloga Ruth Cardoso, ex-primeira-dama do Brasil e esposa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Hilary mantém um grupo de assessores focados na América Latina.
Por outro lado, Trump não tem tradicionalmente relações com o Brasil e em seu staff, não se tem conhecimento sobre assessores dedicados a assuntos latinos.