Tomas Lucena, membro da Assembleia Constituinte da Venezuela, foi morto a tiros em Trujillo, nesta quarta-feira (10). As informações foram divulgadas no Twitter da presidente da entidade, Delcy Rodriguez, e confirmadas pelos jornais locais.
Segundo informações da ANSA, Henry Rangel Silva, governador de Trujillo, disse que Lucena “foi interceptado por um grupo de motociclistas” e levou quatro tiros no peito, enquanto andava de carro por Valera com sua esposa, após buscar o filho na escola.
Hoje, o governo venezuelano exigiu às autoridades que investiguem a hipótese crime político como a principal causa do assassinato do constituinte de 31 anos. “Exigimos a mais profunda das investigações e que tomemos como ‘atiramento político’ como principal responsabilidade deste assassinato”, disse Jorge Rodríguez, ministro de Comunicação, à uma emissora estatal.
Para o ministro, a morte de Lucena se assemelha a de outros dirigentes oficiais, como o assassinato do deputado Robert Serra, morto a facadas em sua residência em 2014.
A Assembleia Constituinte não é reconhecida pela oposição do país, que acusa o presidente Nicolás Maduro de fazer a instituição do órgão apenas para ter poder também sobre o Legislativo, já que todos os deputados são pró-governo.
Para os opositores – e para a comunidade internacional – é a Assembleia Nacional, eleita no fim de 2015, quem, de fato, representa o desejo dos eleitores. Nesta Casa, três quartos dos deputados são da oposição.