Segundo a chanceler, são falsas as notícias de que o país foi suspenso por descumprir compromissos assumidos quando se incorporou ao bloco regional, em 2012. O prazo para que o governo venezuelano atendesse às exigências do bloco terminou no começo do mês, após ser prorrogado, em setembro deste ano. Entre os compromissos assumidos estão o respeito aos direitos humanos e a garantia à livre circulação de mercadorias entre os países do Mercosul.
Delcy afirma que a Venezuela seguirá participando das reuniões do Mercosul, com direito a voz e voto, e que pretende assumir legitimamente a presidência do bloco. O país deveria assumir a presidência pró-tempore em julho passado, mas, diante das controvérsias e da ameaça de ser suspensa, foi impedido de assumir. Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai decidiram então que se revezariam no posto.
Ontem (1º), poucas horas antes dos representantes dos demais países-membros se reunirem para discutir a possível suspensão da Venezuela, a chancelaria venezuelana já tinha recorrido às instâncias mediadoras de conflito do Mercosul. A ministra Delcy Rodriguez explicou o recurso como um pedido para que “os países que violam instituições do Mercosul se abstenham de qualquer ação contra o nosso país”.