Assange teria recebido cidadania do Equador, diz jornal

O fundador do site Wikileaks, Julian Assange, teria recebido a cidadania do Equador nesta quarta-feira (10), informou o jornal local “El Universo”. As informações são da Agência ANSA.

De acordo com a publicação, o australiano já tem uma cédula equatoriana com um “código correspondente à província de Pichincha” e recebeu um passaporte do país no dia 21 de dezembro do ano passado.

Como prova, o jornal afirma que constatou no site governamental da agência fiscal “Servicio de Rentas Internas” que o número 1729926483 refere-se ao “cidadão Julian Paul Assange”.

A notícia não foi confirmada, mas também não foi desmentida, pelo governo de Quito, que limitou-se a dizer em nota que “não responderá a rumores nem a informações distorcidas ou descontextualizadas sobre este caso”.

Assange mora na Embaixada do Equador em Londres há mais de cinco anos e é protegido pelas autoridades do país para não ser preso por denúncias de estupros feitas por duas mulheres na Suécia. As acusações foram arquivadas, mas o medo do australiano é ser preso assim que deixar a sede da embaixada.

Foto: Reprodução / EPA / ANSA

O temor do fundador do Wikileaks, que revelou milhares de documentos secretos dos Estados Unidos, é que a acusação seja uma “desculpa” para extraditá-lo para os EUA, onde responderia por vazar os dados sigilosos.Ontem mesmo, antes da revelação do jornal, a chanceler do país, Maria Fernanda Espinosa, afirmou em coletiva de imprensa que a situação de Assange é “insustentável” do ponto de vista humano e que está planejando uma “mediação” para encontrar uma solução.De acordo com ela, o mediador pode ser “tanto um terceiro país como uma personalidade”. Quito deseja que o Reino Unido dê um “salvoconduto” para que Assange possa sair da nação sem ser preso.

GB rejeita ‘status diplomático’

A Grã-Bretanha rejeitou reconhecer o “status diplomático” de Julian Assange, que teria sido oferecido pelo Equador, informou um porta-voz do Foreign Office. De acordo com o representante, o país sul-americano havia feito a proposta para resolver o caso do australiano, que desde 2012 mora na Embaixada do país. Para Londres, ele só poderá sair do local “se decidir enfrentar a lei”. 
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