No roteiro da visita a Roraima, principal porta de entrada dos venezuelanos que chegam ao Brasil, estão encontros em Boa Vista nesta sexta e em Pacaraima, na fronteira, no sábado (17).
Em Roraima, Felippo Grandi visitará abrigos e postos de atendimento aos venezuelanos montados pela operação Acolhida, que tem participação do governo federal, ONU e ONGs. Além disso, deve conversar com venezuelanos recém-chegados ao país e autoridades locais.
O Brasil é o quinto país que mais recebe venezuelanos em fuga de seu país e Roraima concentra a maioria deles.
Só no estado existem 13 abrigos para refugiados e migrantes da Venezuela com cerca de 6,5 mil pessoas e milhares de venezuelanos vivendo na ruas e em prédios abandonados, o que causa tensão com a população local. Estima-se que por dia 550 cruzam a fronteira rumo ao Brasil.
Antes de visitar o Brasil, Grandi foi ao Chile. Em ambos os países, o objetivo também é encontrar organizações parcerias mais doadores da comunidade internacional para os países e comunidades que acolhem refugiados e migrantes da Venezuela.
Segundo dados das Nações Unidas, mais de 4 milhões de pessoas já deixaram a Venezuela nos últimos anos em razão da crise no país. A maioria, cerca de 1,3 milhão, foram para a Colômbia.