Startups com projetos inovadores podem se candidatar à programa de investimento

Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) apontou que há 295 startups no Brasil atuando em parceria com a indústria.

Pesquisa recente mostrou que os investimentos das indústrias em startups ainda são muito baixos, pois apenas 8% dos entrevistados apostaram nas empresas nascentes.

Por outro lado, na mesma pesquisa, 26% das startups apontaram que a maior dificuldade na hora de empreender é o acesso ao capital e, para investir, 66% dos entrevistados declararam utilizar capital próprio. Como compatibilizar os investimentos e contribuir para que as indústrias brasileiras ganhem inovação e aumentem a competitividade?

Investimento

Com as recentes alterações na Lei de Informática, as empresas do Polo Industrial de Manaus beneficiárias da isenção fiscal também podem atuar como investidoras de outras empresas nascentes de base tecnológica (startups), beneficiando-se com a participação societária no negócio. Isso é possível graças ao Programa Prioritário de Economia Digital (PPED), coordenado pelo Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT), sediado em Manaus.

Foto:Divulgação

Empresas que investem no PPED podem implementar ideias de novos negócios, a partir de estruturas mais enxutas e simples. Além disso, há uma redução significativa de controles e processos burocráticos, muito presentes nas grandes organizações, mas que tiram a flexibilidade e dinamismo dos negócios nascentes.

O PPED é uma iniciativa governamental para criar e fortalecer o ecossistema propulsor de empresas de base tecnológica na Amazônia Ocidental.

Para promover o desenvolvimento da indústria local e das startups de base tecnológica, o governo federal editou a resolução nº 4, que regulamenta e permite às empresas que se beneficiam de recursos da Lei de Informática a aplicarem no PPED. A resolução foi criada no âmbito da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) e do Comitê das atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (CAPDA).

Inscrições e critérios

As startups podem se candidatar a qualquer momento por meio do e-mail novosnegocios@pped.org.br desde que atendam aos critérios do programa de área e gerem retorno para a economia regional. Após a inscrição, a empresa candidata passa por um funil para ser habilitada.

As startups podem receber investimentos do PPED desde que seu negócio esteja inserido em umas das sete áreas temáticas de Economia Digital: cibersegurança, manufatura 4.0, internet das coisas, computação nas nuvens, realidade aumentada e realidade virtual, inteligência artificial e Big Data.

As tecnologias de informação e comunicação poderão ser aplicadas às áreas de saúde, educação, agronegócio, segurança, energia, mobilidade e telecomunicações.

Áreas de interesse

A relevância regional é o mais importante, de acordo com os requisitos e obrigações a serem cumpridos para participar do PPED. A startup deve estar sediada na Amazônia Ocidental e ter operação local; a equipe de desenvolvimento precisa trabalhar na Amazônia Ocidental; o modelo de negócio deve ser escalável e a tecnologia desenvolvida pela startup deve ser inovadora.

O foco do programa é alinhar os interesses do investidor e do empreendedor, acompanhando a interação entre as partes. O aporte financeiro na startup acontece conforme a necessidade da solução em desenvolvimento.

Deste modo, o INDT auxilia na validação do projeto, considerando o grau maturidade da nova empresa e sua relevância ao mercado, além de analisar as chances de crescimento da startup, apresentando soluções para os problemas técnicos reais e auxiliando sua inserção no mercado.

Foto:Divulgação

Cases de sucesso

Até o momento, cerca de 20 novas empresas já fazem parte do portfólio do PPED Startups, explica o Analista de Negócios do PPED, Rafael Teodosio. Entre elas estão a Mobibuzz, que criou um aplicativo de entrega.

De acordo com Max Barreiro, fundador e CEO da Mobibuzz, a experiência com o PPED foi além do conhecimento técnico. “Tivemos uma experiência que agregou bastante valor à nossa startup, além da aproximação com um time de desenvolvimento extremamente técnico e capacitado, que nos ajudou a projetar e desenvolver um de nossos sistemas essenciais para a automatização e tração do nosso modelo”, ressalta.

Para Sandro Luis Oliveira, administrador da Humax do Brasil Indústria Eletrônica Ltda., o PPED é um “programa importante por propiciar novo ecossistema de investimentos na Amazônia Ocidental”.  A empresa está desenvolvendo projeto através do PPED há mais de 1 ano. “Investimos no desenvolvimento de soluções que poderão nos trazer vantagens competitivas junto aos nossos clientes”, finaliza.

Mais informações sobre o programa estão contidas página do PPED (pped.org.br). A cartilha do PPED também traz todas as instruções para os candidatos no endereço https://bit.ly/2ksuXRW.

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