Pesquisadores desenvolvem antenas bioinspirada em formato de plantas

A partir do estudo realizado no Maranhão foi possível reduzir em até 80% a estrutura de uma antena padrão sem contar com o baixo custo.

Eduarda Froes dos Santos, graduada em matemática pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), junto com seu orientador Paulo Fernandes da Silva Júnior, docente do curso de Engenharia da Computação da UEMA, desenvolveram um projeto sobre formas bioinspiradas em plantas para o desenvolvimento de antenas.

O projeto foi iniciado em 2021, mas a pesquisa que já vinha sendo estudada desde 2015, e continuará em desenvolvimento, estudará outras estruturas para operar nas tecnologias 5G e 6G.

A partir deste estudo foi possível reduzir em até 80% a estrutura de uma antena padrão sem que houvesse comprometimento na qualidade do produto final e sem contar com o baixo custo dos materiais, como fibra de vidro (FR4) e cobre laminado. As antenas bioinspiradas procuram utilizar formas de seres vivos, com objetivo de dimensionar dispositivos de aprimorar parâmetros de resposta para rede local sem fio, WI-FI, redes de sensores sem fio industriais e comunicações móveis.

Pesquisadores desenvolvem antenas bioinspirada em formato de plantas. Foto: Divulgação/UEMA

Com o projeto, a graduanda e o professor conquistaram o reconhecimento internacional ao terem um artigo de pós graduação divulgado na revista Scientific reports.

“Pra mim foi muito gratificante ver que um projeto da UEMA, do Maranhão, que conseguiu uma visibilidade muito boa, a gente conseguiu publicar em uma revista onde as melhores universidades do mundo publicam, então isso colocou a UEMA lá em cima e colocou o curso de Engenharia de Computação lá em cima”, destaca Eduarda.  

Eduarda Froes dos Santos e Paulo Fernandes da Silva Júnior – Foto: Divulcação/UEMA

Essa revista é uma das cinco maiores revistas científicas do mundo com o projeto ‘Desenvolvimento de uma antena monopolo direcional bioinspirada em folha elíptica com cortes de acordo com o número de ouro para a aplicações WLAN e 4G’. 

“É sempre bom ter o trabalho reconhecido pela comunidade acadêmica mundial, porém o melhor é ver os alunos se desenvolvendo e crescendo como pessoa, na pesquisa acadêmica e como profissional. Isto é muito gratificante, e vendo que mais alunos estão sendo motivados e pesquisar e crescer, principalmente quando percebem que não há limitação pelo gênero, pois é uma aluna, pelo local, pois estamos no Estado com menor IDH do Brasil, nem pelo curso, pois a aluna é formada em licenciatura em matemática. O segredo está no empenho, esforço e vontade de aprender e crescer. Não é trivial, mas também não é impossível, só depende do trabalho realizado”, afirma o professor doutor Paulo Fernandes.

Confira aqui o artigo completo.

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