O Cientista Manoel Bastos Lira e a Beneficente Portuguesa

O Prof. Manoel Bastos Lira é autor de diversos trabalhos publicados em revistas científicas nacionais e internacionais, também é autor de mais de 400 artigos publicados em jornais do Estado.

Durante pelo menos cinco décadas foi o tempo de atuação de forma competente do ilustrado cientista, Pesquisador e Professor Emérito Manoel Bastos Lira. O novo momento da história da farmácia no Amazonas, não poderia jamais ser comentado se não lembrássemos até por questão de justiça, do nobre e ilustrado professor Manoel Bastos Lira, esta é uma afirmação desse importante traço de continuidade e belas lembranças culturais produzidas de forma inequívoca por este ser humano fantástico.

Outro aspecto a ser considerado é a simetria das manifestações de tantas gerações formadas na área da saúde por este grande mestre, desta forma marca em nossos tempos históricos a presença deste cientista ilustrado que orgulha o Amazonas e em particular a bioquímica, cujo reconhecimento é mundial.

Manoel Bastos Lira nasceu no município de Manaus, em 06 de junho de 1913, filho de Manoel Rodrigues Lira e Deolinda Bastos Lira. Faleceu no dia 01 de setembro de 1998.

Realizou os primeiros estudos com seu pai, aprendendo a língua espanhola. No ano de 1921 foi matriculado no Colégio D. Bosco onde fez os cursos primário e secundário e ao término do curso secundário, em 1930, foi o 1º aluno da 1º turma do referido estabelecimento, recebendo na ocasião o seu primeiro prêmio de estudo. Em 1931 foi aprovado no vestibular para o curso de Farmácia e Odontologia, onde terminou em 1934, sendo o 1 º aluno da turma. Também diplomou-se em Química Industrial pela Escola Agronômica de Manaus. Em 1928, foi auxiliar de laboratório do médico inglês Dr. Harold Worlerstan Thomas. Em 1932, a convite do Padre Pedro Ghislandi, diretor do Colégio D. Bosco, foi lecionar História Natural no curso secundário, lecionou Química Agrícola na Escola Agronômica de Manaus, onde também formou-se em Engenharia Agronômica.

Em 1934 fez concurso para o magistério secundário estadual, onde defendeu as teses: Algumas notas sobre Valência Química e o Oxidulo de Prata e a Fotografia, sendo aprovado foi nomeado pelo inventor Federal do Amazonas, Capitão Nelson de Melo, para ministrar aulas nos colégios Ginásio Amazonense Pedro II (hoje, Colégio Estadual do Amazonas) e Escola Normal (hoje, Instituto de Educação do Amazonas). O Prof. Lira construiu o primeiro receptor-valvulado do Amazonas, foi o 1º Químico-Bromatologista no Amazonas, instalando os laboratórios do Departamento de Saúde. Em 1940 foi nomeado Farmacêutico-Chefe da Farmácia do Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Manaus. Em 1954 a convite do Prof. Olímpio de Oliveira Fonseca Filho, foi o único amazonense a fazer parte da equipe que fundou o instituto de Pesquisa da Amazônia-INPA.

No ano de 1965, o reitor da Universidade do Amazonas, o Prof. Jauary Guimarães de Souza Marinho, convidou-o para instalar a área de Saúde da E.U.A., onde foi nomeado Diretor da Faculdade de Farmácia e Odontologia da E.U.A., cargo que exerceu por 25 anos.

O Professor Lira falava os seguintes idiomas: Português, Inglês, Francês, Italiano e Espanhol. Realizou também várias viagens de estudos a Europa, E.U.A., Canadá, México, Chile, Venezuela e Estados brasileiros.

O Prof. Manoel Bastos Lira é autor de diversos trabalhos publicados em revistas científicas nacionais e internacionais, também é autor de mais de 400 artigos publicados em jornais do Estado.

Foi membro das seguintes sociedades científicas: Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, Amazonas, Academia Amazonense de Letras, American Association for the Advancement of Sciences (membro vitalício), American Chemical Society, Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Ciência, Sociedade Brasileira de Bioquímica, Sociedade Brasileira da História da Farmácia, Associação Brasileira do Ensino Farmacêutico e Bioquímica, Associação Brasileira de Farmácia, Sociedade Brasileira de Análises Clínicas, Sociedade Brasileira de Ciências e Tecnologia de Alimentos, Membro do Conselho Consultivo da Revista Brasileira de Farmácia. Acadêmico da Academia Nacional de Farmácia, The New York Academy of Sciences.

Recebeu as seguintes condecorações: Medalhas de Ouro do Mérito Farmacêutico e Conselho Federal de Farmácia, Farmacêutica do mês de janeiro de 1974 (Projeto de A Gazeta da Farmácia – Rio de Janeiro), Mérito Universitário pelo Conselho Universitário da Universidade do Amazonas (Medalha de Ouro), Medalha de Ouro do Estado do Amazonas, Menção Honrosa da Universidade de Ghent-Bélgica por sua dedicação as Ciências Farmacêuticas. 

Biblioteca Setorial Professor Manoel Bastos Lira, na Faculdade de Ciências da Saúde. O atual sistema de bibliotecas da Universidade Federal do Amazonas possui uma provedora, a Biblioteca Central – BC, e mais oito setoriais. A Biblioteca Central foi criada em 12 de setembro de 1974, na gestão do reitor Anderson Pereira Dutra, e é responsável pelo controle de catalogação, pela classificação e pela distribuição do acervo bibliográfico e audiovisual de todas as bibliotecas setoriais.

Funciona, atualmente, no prédio da Faculdade de Ciências da Saúde, localizado na avenida Waldemar Pedrosa, n. 1.033A, bairro Praça 14 de Janeiro, Zona Sul. Entretanto, há alguns setores da BC no Campus Universitário, instalados no prédio da Faculdade de Estudos Sociais – FES.

As oito unidades setoriais que fazem parte da Biblioteca Central da Ufam são: a Biblioteca Setorial do Campus, a da Faculdade de Tecnologia, a do Minicampus, a da Escola de Enfermagem, a de Ciências da Saúde – denominada Professor Manoel Bastos Lira – a do Curso de Farmácia, a da Faculdade de Direito e a do Museu Amazônico.

A Biblioteca Central também está conectada às unidades dos campi avançados existentes no interior do Estado: Benjamin Constant, Itacoatiara, Coari, Parintins, Humaitá e São Gabriel da Cachoeira. Atualmente, o acervo total da BC é formado por, aproximadamente, 227 mil títulos. “

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

“Que show da Xuxa é esse”? Conheça as ‘cópias’ peruana e colombiana da rainha dos baixinhos

Diversas apresentadoras ganharam programas próprios, seguindo o mesmo perfil da rainha dos baixinhos brasileiros. Algumas dessas 'cópias' se destacaram em países amazônicos.

Leia também

Publicidade