Os portugueses edificadores de grandes momentos do ano de 1918 contribuíram de forma perene suas ações nos dois primeiros decênios do século XX.
Na décima primeira sessão ordinária da diretoria do Luso Sporting Club, realizada aos dezoito dias do mês de junho, ainda sob a presidência de Virgílio M. Goulart, o diretor João Maria Adrião, primeiro secretário, propõe à mesa diretora a criação de uma escola de instrução primária, sendo sua proposta aceita por unanimidade e aprovada na mesma ocasião. Dessa forma a diretoria resolveu abrir concurso para professores da referida escola.
Nessa ocasião pede a palavra o diretor e membro do Conselho Fiscal, Sr. Nascimento, oferecendo imediatamente seus préstimos como professor para ministrar aulas aos alunos na cadeira de “História Natural,” proposta esta bem recebida pelos diretores e logo aprovada por todos.
Dessa forma surgiu a Escola João de Deus, a princípio mantida financeiramente por alguns benfeitores, dentre eles João Maria Adrião, José Madeira Diniz, Alberto R. de Andrade, João Mendes, Manoel da Costa Santos, José da Costa Novo e Cezar Augusto de Magalhães.
Aqueles lusitanos que se aglutinaram para fundar o Luso Sporting Club, também tinham a preocupação de criar um movimento que ficasse de forma duradoura na memória dos que perdurassem para testemunhar. Na verdade esses portugueses patriotas, além da preocupação com o esporte, também cuidaram da formação intelectual de seus descendentes.
Foram os primeiros professores da Escola João de Deus os senhores e senhoras: Tibyriçá de Carvalho, Manoel Rodrigues, Philomena S. Estrela da Rocha, João Maria Adrião, Antovila Rodrigues, Maria Elisa, Diana Carneiro de Lima, Aletha Soriano de Mello.
Todos esses paladinos do saber emprestaram um pouco dos seus esforços ao esplendor da Escola João de Deus.
As atas ressaltam o relevo, a solicitude na condição dos destinos da Escola e, para atender os alunos, jovens ávidas do saber, irrequietos na busca do amanhã.
Todos os dias na sede da Escola os mestres imbuídos da luz do Evangelho Sagrado, também ministravam instruções religiosas e um capelão transmitia a comunhão para professores e alunos, levando a presença de Deus a todos aqueles meninos fortalecidos no corpo e no espírito.