Outros portugueses nascidos em famílias abastadas instalaram-se na Amazônia com suas empresas é o caso do imigrante português Joaquim Esteves Soares Carvalho, nasceu em Vila Nova De Gaia, Distrito do Porto. Era filho do comerciante Abel Esteves Carvalho e dona Júlia Bastos Carvalho. Imigrou para o Brasil precisamente para a cidade de Belém no Estado do Pará em 1901. Associou-se ao seu pai que já era proprietário de uma pequena fábrica de sabão “Saboaria Amazônia”, na época localizada a rua 1º de maio 159/157, já na época considerada uma das mais modernas indústrias de sabão e óleos vegetais no país.
Com a injeção de capital do filho a empresa teve um crescimento vertiginoso, principalmente pela qualidade dos seus produtos, dentro os quais se destacava o “Sabão Borboleta”, tipo marmorizado. A empresa foi a primeira indústria do ramo a produzir este tipo de produto. O grande esforço concentrado pelo industrial Joaquim Esteves Soares Carvalho, aliado as vendas, o levaram a promover a expansão da indústria e à conquista de novos mercados tais como: Amazonas, Alagoas e Acre, tendo exportado seus produtos para os países como Peru e Bolívia.
Homem de espírito empreendedor, logo construiu junto a então “Saboaria Amazônia”, uma moderna indústria de olhos vegetais, considerada a época uma das melhores do Brasil.
Homem entusiasta de sangue lusitano, embora distante da pátria mãe, não perdeu a oportunidade de dedicar-se a causa portuguesa, tendo exercido cargos de grande relevância na Sociedade Beneficente Portuguesa de Belém do Pará, como também na Tuna Luso. Foi considerado a época uma das maiores alavancas do processo comercial e industrial de Manaus e Belém. Em Manaus localizou sua indústria no final da Avenida Joaquim Nabuco próximo ao Alto de Nazaré, cujo prédio encontra-se preservado até os dias atuais.