Jacques Menassa: um libanês na Amazônia

Jacques Menassa é um dos desses seres raros que a obra e o autor se confundem.
 
No último quartel do século 19 e no início do século 20, começa a chegar a Belém a Manaus e o Acre um novo grupo de imigrantes que haveria de ter participação destacada na economia e nas sociedades amazônicas. Eram os árabes que deixaram suas vilas, aldeias e cidades no Oriente Médio especialmente das cidades Batroun, Baalbeck, Ghazir, Dimen, Ghosta, Jbeil, Benthsbel e Beirute. Que na Amazônia vieram trabalhar tendo escolhido também Porto Velho em Rondônia e no Acre, nestas áreas embrenharam-se nos beiradões dos altos rios ou em busca do ouro negro o látex ou comercializando produtos.

Foto:Reprodução/Amazon Sat

Essa corrente cultural também se realizou na forma de geração familiar constituindo esposas e filhos, o que dava caráter gregário e comunitário das suas formas tradicionais de vida, é o caso de Jacques Menassa que nasceu em Ghosta no Líbano em 1956.

Adaptação e começo de vida se iniciavam com todas as dificuldades inerentes a época como a língua e a culinária. Logo adaptados o processo de ascensão social e econômico foi pujante e tornou-se tradicional especialmente na Praça dos Remédios e o entorno do Mercado Adolpho Lisboa. Já os regatões sangravam os rios com seus barcos de madeira promovendo o comércio de produtos de primeira necessidade aos seringais ou fazendo o escambo com produtos regionais, esses comerciantes representaram papel e função importante na época áurea da borracha.

Temos que destacar que nas principais cidades da Amazônia também estiveram presentes com o famoso teque-teque apelido pelo qual ficaram conhecidos, pois carregavam mercadorias nas costas e nas mãos articulado em dois pedaços de madeira que com o atrito chamava atenção dos fregueses.

Foto:Divulgação/Jacques Menassa

Esses humildes pequenos empresários eram olhados com desconfiança e preconceito, pois desafiavam o poderio dos grandes armazéns aviadores que se instalavam nos centros comerciais.

A cultura sempre esteve presente na vida desses imigrantes é o caso de Jacques Menassa que formou-se em Ciências Políticas e Administrativas na Universidade Libanesa em Beirute em 1982.

Amante das Artes especialmente da Fotografia formou-se nesta área na Universidade Kaslik durante o verão de 1979. Intelectual preparado e defensor da Amazônia promoveu sua primeira exposição individual em sua cidade Natal, com o título “Heritage Esquecido”. A partir daí procurou cada vez mais se especializar na arte de fotografar fazendo novos cursos na Universidade Espírito Santo University e novamente ganhou prêmios por seu trabalho.

A Amazônia sempre esteve presente em sua arte, aqui em Manaus também promoveu várias exposições, no Rio de Janeiro foi convidado a participar do Sexto Encontro Nacional de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos.

Foto:Divulgação/Jacques Menassa

Quando está em sua terra natal tem procurado promover e destacar a Amazônia dentro de uma retrospectiva histórica com a sua lente angular e a sensibilidade do profissional que ama a Amazônia.

Jacques Menassa é um dos desses seres raros que a obra e o autor se confundem. Sua lente detalhada e suave se traduz com o homem de andar elegante, fala mansa e pausada, de frases longas que constroe de modo articulado sabendo o que diz e tendo controle do olhar da sua lente.

Quem teve o privilegio de ter sido aluno de Jacques Menassa sente-se orgulhoso pelo seu modo ensinar paciente e detalhista. O mestre Jacques Menassa procura destacar na Amazônia ou no Líbano que a vida no passado como no presente resulta dos fragmentos estilhaçados e gravados através de sua câmera para a imortalidade do tempo.

Foto:Divulgação/Jacques Menassa

A família Menassa aqui enraizou seus descendentes, Abrahim, Adelaide, Odete e Andrea. Somente um homem com rigorosa formação intelectual e humanística é capaz de descrever a Amazônia com tanta precisão.

Seu trabalho intelectual procurou incluir todos os personagens amazônicos, atores e matizes, etno culturais e sociais que contribuíram e contribuem a cada exposição, a cada clique de sua lente para a formação e compreensão da memória da Amazônia, este é Jacques Menassa o árabe-brasileiro, o árabe amazônida.

Jacques Menassa é um desses seres raros que a obra e o autor se confundem. Sua lente detalhada e suave se traduz com o homem de andar elegante, fala mansa e pausada, de frases longas que constrói de modo articulado sabendo que o que diz e tendo o controle do olhar da sua lente.

Quem teve o privilégio de ter sido aluno de Jacques Menassa sente-se orgulhoso pelo seu modo de ensinar. O mestre Jacques Menassa procura destacar na Amazônia ou no Líbano que a vida no passado como no presente resulta dos fragmentos estilhaçados e gravados através de sua câmera para a imortalidade do tempo.

Foto:Divulgação/Jacques Menassa

A família Menassa aqui enraizou seus descendentes, Abrahim, Adelaide, Odete e Andrea. Somente um homem com rigorosa formação intelectual e humanística é capaz de descrever a Amazônia da natureza a cultura.
No seu trabalho intelectual procurou inclui todos os personagens amazônicos, atores e matizes, etno-culturais e sociais que contribuíram e contribui a cada exposição a cada clique de sua lente para formação e compreensão da Amazônia, este é Jacques Menassa o árabe-brasileiro, o árabe amazônida.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Amapá lidera ranking nacional com taxa zero de desmatamento em 2024, aponta Inpe

Resultados evidenciam a eficácia das políticas públicas ambientais implementadas conforme o Plano de Governo da atual gestão.

Leia também

Publicidade