A produção dessas gostosuras começou por acaso. Após um problema de saúde, Maria Zila Lopes, de 63 anos, precisou ficar afastada de atividades pesadas e, como alternativa, encontrou na venda de biscoitos caseiros o sustento.
Em busca do diferencial, a empreendedora foi atrás de alternativas na produção dos biscoitos. “Eu via que as pessoas só faziam biscoitos de amido doce, eu então tive a ideia de fazer os salgados e foi um sucesso”, conta.
Entre as misturas exóticas no preparo dos biscoitos está o de piracuí, como conta Zila. “Eu sou filha do [rio] Amazonas, e lá é muito consumido o piracuí, e isso me levou a criar essa receita, além das outras com o pirapucu e a pupunha, que são bem regionalizadas, e tem boa aceitação dos clientes”, disse.
Ao todo, 13 tipos diferentes de biscoitos artesanais, incluindo os doces como o de cupuaçu, aveia e castanha. Vovó Zila conta que continua fazendo os testes e já adianta que novos sabores estão vindo por aí.
“Tenho uma nova receita sendo testada, mas ainda não posso revelar. Espero que antes do final do ano eu tenha esse novo sabor, mas por enquanto é segredo”, disse.
Anna Alves, estava na banca da vovó Zila e aproveitou para experimentar os biscoitos diferentes. “Eu nunca tinha provado biscoitos tão regionais, estou gostando e vou levar alguns”, disse a congressista.
Os biscoitos a base de amido e margarina podem ser encontrados na Feira de Orgânicos da setor Sul do Campus em Manaus, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), todas as primeiras quintas e sextas-feiras do mês. Além de toda quarta na feira de orgânicos do Studio 5, em Manaus.