Quem escreve semanalmente como eu com mais de mil e quatrocentos artigos e ensaios, fica com o ego massageado quando se recebe ou por e-mail ou por mensagem do facebook, mensagens como “seu artigo lavou-me a alma, me fez rir, me comoveu, me fez dizer “É isto mesmo”. Sinalizam que não estou sozinho em meus modos de perceber e de pensar. Também sou construtivamente marcado pelos que discordam e criticam, pois me ajudam a manter a mente aberta. Inspirados em indignações ou encantamentos, meus artigos refletem a marca de valores legados pelos construtores da minha bagagem em seus “recados de vida”: Ignorância gera besteira ou desgraça.
Pode ser melhor, sim. Desconfie sempre do governo e não confie demais na oposição. Discurso é ação e o autor deve ser responsabilizado por suas palavras. O preço das decisões é para ser pago sem queixas. Imoral é enganar os outros. O bem que fizeres retorna a ti, o mal também. Sede assim, qualquer coisa, serena, isenta, fiel. Quem merece de Deus os dias e as noites, merece de nós bom dia, desculpe e obrigado.
Faz vinte e cinco anos que comecei a escrever diariamente no Jornal O Jornal e também no Diário da Tarde onde o velho Ajuricaba e a própria D.Lourdes Archer Pinto me davam incentivos para escrever, e olha que era coluna social, com pseudônimo. Depois fui escrever no Jornal A Critica, onde levava meu artigo para o velho Martins Diretor de Redação ainda na Lobo DÁlmada, e ele era o meu censor.
Entre pesadas máquinas de escrever Olivetti, na velha redação do Jornal do Comercio, tive a atenção fraterna do proprietário e já experiente Guilherme Aluísio, cujo bom humor e coleguismo são inesquecíveis. Depois de outros tantos anos como docente eis-me colaborador da página de Opinião, onde publiquei mais de 1.200 matérias. Falei de mazelas sociais, desmantelos urbanos, amor, ética, política, religião, causos e causos verdadeiros ou não ( a maioria foram verdadeiros), sobre um lado de sandália deixado na Djalma Batista, artigo que me trouxe muitos elogios, e até futebol.
Com profissionalismo, respeitei rigorosamente o limite determinado para o tamanho dos textos, apurando forçosamente um estilo enxuto que parece agradar à minha vintena de leitores. Após todos esses anos, não abandono a causa do respeito às diferenças nem o sonho de melhora da cidade de Manaus e do Mundo. O labor e a responsabilidade de expressar ideias esculpindo textos são para mim, também curtição. Sou grato aos leitores, que me motivaram, e vou prosseguir de olho no mundo, de coração nos afetos, de alma na trilha da paz.
Continuo como artesão de textos em outros contextos, nutrindo a humilde esperança de marcar um pouco os outros com minha visão de mundo e ser por eles marcada. Grato a todos os leitores e leitoras que me acompanham e que tecem comentários sobre as matérias geradas as vezes no raiar do dia da quarta feira, dia que escrevo.