Mas é necessário evitar riscos já conhecidos. É imperativo seguir determinadas regras de convivência e de preservação. Existem responsabilidades e responsáveis. Ou não? Torna-se absurdamente leviano minimizar os efeitos da incompetência e da omissão, quando a medida dessa falta de prudência e de capacidade é quantificada em vidas perdidas. E são muitas! Todos os dias!
Acidentes de trânsito por condutores imprudentes, embriagados ou drogados, ou por rodovias mal sinalizadas, ou por veículos sem condições de trafegar… “Acidentes” aéreos por ausência de infraestrutura mínima, por negligência dos gestores ou por muito mais… Mortes por doenças evitáveis, por tratamentos dificultados, por falta de acesso a cuidados básicos, por falta de políticas efetivas de saúde, pela escassez de recursos… Crimes em proliferação, pela perda de referenciais de cidadania, pela baixa autoestima dos povos, pela marginalização e exploração, pela desvalorização do indivíduo, pela impunidade…Vidas preciosas são desperdiçadas, em uma quantidade impressionante, pelo desconhecimento e pela ignorância.
São perdas massivas sem aprendizado, pois se repetem os mesmos erros e as mesmas falhas. Os mesmos discursos. O mesmo abandono e a mesma corrupção.
Se a incerteza poderia beneficiar a esperança, deixar uma porta para a sorte ou para uma inesperada conquista, em alguns setores ela é desagradável, nociva e perigosa. Não há espaço para amadorismo ou improvisação quando um possível erro repercute em vidas e sonhos interrompidos, multiplicando sofrimentos.
Boas doses de competência, responsabilidade, ética, empatia e respeito poderiam transformar cenários trágicos em promissores horizontes.Mas, as dúvidas se tornaram mais do que traidoras. Viraram uma assustadora sombra que pergunta se haverá amanhã. Para quem? Para quantos?