Era dos pulhas

Vivemos na era dos pulhas os mais diferenciados. Que independem de sistemas econômicos, escolaridade e renda, raça e religião, sexo e ideologia.

Ilude-se hoje abertamente, utilizando os mais diferenciados meios e métodos de enganação, da praça pública à televisão a cabo, passando pela internet, ensino superior e organizações não-governamentais, alguns deles já descaradamente neo-governamentais. Na lista dos pulhas mais destacadas, os histerismos de ideologias que já se descoloriram, religiões que oferecem mundos e fundos e homeopatias e alopatias que prometem levantar até o que amoleceu ad perpetuam rei memoriam. Para não citar o besteirol dos dirigentes da área esportiva.

É chegada a hora da parte saudável da sociedade civil brasileira se manifestar, através de intensas pressões democráticas. Pela sobrevivência do nosso amanhã como nação civilizada, nunca sendo olvidada a advertência feita pela jovem Anne Frank, trucidada pelas forças da estupidez: para nós, jovens, é duas vezes mais difícil manter nossas opiniões numa época em que os ideais são estilhaçados e destruídos, quando o pior da natureza humana predomina, quando todo mundo duvida da verdade, da justiça e de Deus.

Recentemente, uma revista de circulação nacional dirigida pelo Mino Carta, através de uma reportagem – O Vulgar Para Todos – destacou a ultrapassagem de alguns limites. E quando a vulgaridade de uma classe média se amplia, perde-se o senso do ridículo, gerando irresponsabilidades sociais dos mais diferenciados calibres, para ter ibope valendo até fotografar-se se arreganhando imitando tocar guitarra.

Uma classe média que já não se respeita é sinal evidente de que algo de podre está contaminando tudo, reduzindo as expectativas a um salve-se quem puder autofágico, para Bil metido-a-cavalo-do-cão nenhum botar defeito, pois já não mais se enxerga coisa decente pela frente. Para não falar dos milhões de ouvintes de rádio e televisão que se anestesiam com as infelicidades dos outros, as chifrudagens gravadas sob os olhares “furiosos” do corno fingido, não percebendo todos que tudo é muito bem programado para ampliar o faturamento comercial dos patrocinadores, alienando tudo, a família e os bons costumes.

Embora à merda sempre se deva mandar os moralismos idiotas e os faniquitismos nostálgicos. Busquemos erradicar a mediocridade dos não-pobres. Com tudo o que está acontecendo no País, afirmo que o cidadão brasileiro que não se angustiar com o que está acontecendo, é cínico, cúmplice ou sofre de dislate cívico. Governador preso, ex-Presidente, Prefeito e vice-prefeito sendo enchilindrados por descarada falsificação, bolsa-família beneficiando milhares de não-pobres e nepotismo descaradamente praticado e justificado diante de milhões de brasileiros. São os pulhas sendo desmascarados.

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Natural da cidade de Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó, ele era conhecido como o roqueiro mais antigo do Brasil.

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