Na realidade, o estágio alcançado configura pós-graduação em nível de doutoramento, fruto do ingente esforço de um grupo bem selecionado de especialistas. Entretanto, a referida atroz dúvida se divide em duas semidúvidas: a primeira, como deve reagir o meu exacerbado sentimento nacionalista, ante tão brilhante e reconhecido acervo. A segunda, não menos angustiante, é que os ilustres e impertéritos diplomados não são chamados para receber os respectivos pergaminhos ou, ao menos, nominados para as famosas embora desacreditadas, devidas providências.
Hão de concordar comigo os caros compatriotas, no mínimo esses que ainda têm vergonha na cara e moral para se encarar de frente no espelho, que a diplomação dessa gente é tarefa urgente. Quando não para satisfazer a elementares exigências legais, ao menos como respeito aos, sistematicamente, esbulhados patrícios, cujos impostos, taxas, tributos e demais emolumentos vêm sustentando a alta especialização dos bandalhos.
Entretanto, como esta desalinhada missiva é aberta parece-me altamente conveniente colaborar para o aprimoramento dos conhecimentos gerais, sugerindo a leitura de edificantes contribuições técnico-científicas, a exemplo dos bancos e financeiras falidos fraudulentamente, das obras faraônicas inacabadas, das negociatas e desvios do dinheiro público, das construções superfaturadas, das concorrências dirigidas, da alienação do patrimônio público, da propaganda enganosa e da mentira sistemática. Isso tudo, além do rendoso e promissor tráfico de drogas, a cujo crédito deve-se a destruição e morte de milhares de jovens e tem como prêmio a proteção corporativista e a impunidade.
Sem dúvida, as lições daí advindas são indiscutivelmente proveitosas, mesmo que seja para refutar algumas maldosas calúnias e eventuais fofocas, quem sabe frutos até da intriga do povão contra tão ínclitos varões. Fossem outros os temos, seria o caso de pensar na ação de “solertes comunistas” (uma expressão ridícula na atual conjuntura), tal é a extensão do falatório reinante por aí. afinal, há de concordar comigo o paciente leitor que essa história de bancos suíços, ou de paraísos fiscais, pode ser bisbilhotice de desocupados, tanto quanto os demais cochichos que pairam nos ares.
No mais, sem piada, formulo meu desejo de saúde e prosperidade aos irmãos, fazendo sinceros votos que aquele triste acervo seja metamorfoseado em trabalho sério e honesto, no trato do suado e surrado dinheiro público.