Você quer saber como não deixar o(a) entrevistador(a) te dar um não em uma conversa? Então, precisa ler o que vou falar agora.
De tantos mitos que ouvimos falar já nem sabemos o que responder, como se comportar e como proceder em qualquer situação que envolva entrevistas, não é mesmo? São tantas as teorias que ficamos perdidos no meio de um mar de opiniões e teses. Mas vamos para a prática de como realmente acontece no dia-a-dia quando nos referimos a saber o que responder na famosa pergunta “POR QUE DEVO TE CONTRATAR?”. No decorrer desse artigo, vamos abordar estratégias-chaves e segredos de como se sair bem nesse questionamento.
Sobre isso temos 4 pontos cruciais para levarmos em consideração:
Colocações fechadas, fazendo o próprio recrutador responder
Uma resposta fechada para esse tipo é o mais ideal. Abaixo vamos fazer uma simulação de conversa:
ENTREVISTADOR: por que devo te contratar?
CANDIDATO(A): Se me permitir, posso lhe fazer uma pergunta? Quais foram os erros mais cometidos por profissionais anteriormente a mim nessa função?
Provavelmente, com isso, o(a) entrevistador(a) vai responder e falar sobre alguns pontos críticos. Assim, a resposta é a seguinte:
CANDIDATO(A): É muito simples o motivo de me contratar. Agora que eu já sei quais foram os principais erros, vou trabalhar em cima deles e criar planos de ações para nunca mais acontecerem.
Com uma resposta dessa, criamos uma condição para o(a) entrevistador(a) não ter como dizer não. Diante disso, qual resposta teremos?
O próprio entrevistador vai se questionar: “Mas se ele(a) vai trabalhar em cima dos problemas que sempre aconteceram, por qual motivo eu não contrataria?”.
Deixamos a pessoa em uma sinuca de bico, refletindo sobre a necessidade de ter alguém que não vá repetir os mesmos erros.
Mas e se o(a) entrevistador(a) não quiser falar sobre os principais erros cometidos por profissionais anteriores? Simples. Vamos perguntar quais são os principais pontos críticos da função. Diante da resposta, também falaremos que trabalharemos em cima desses pontos, não permitindo mais que voltem a acontecer.
Uma abordagem diferente da maioria sempre vai ser um ponto positivo para nós em um processo seletivo. É por aí que temos que ir.
Dois pilares empresariais: austeridade e expansão de vendas
Perfis de austeridade e expansão de vendas são os dois principais pilares que qualquer empresa procura em um(a) profissional.
Austeridade que se refere a um perfil econômico, de não permitir consumos desnecessários, de não permitir gastos ou consumos supérfluos no ambiente de trabalho. Vamos para um exemplo prático?
Vamos imaginar que João está concorrendo a uma vaga de Operador de Produção. A melhor afirmação que ele pode fazer é: “Eu tenho o perfil de não deixar acontecer desperdícios com insumos. O meu perfil de austeridade me faz ser assim”.
Ouvir isso é como música aos ouvidos de quem seleciona. Assim como esse exemplo pode ser colocado em prática para a área de Produção, pode ser também para a área financeira, custos, fiscais, controladoria e tantos outros. Diante disso, precisamos adaptar à nossa realidade e assim fazer.
Expansão de vendas que se refere a um perfil voltado para o aumento de vendas em si. Vamos para a prática?
Vamos imaginar que Madalena está participando para uma vaga de Assistente de Marketing. Com isso, ela faz a seguinte declaração: “O meu perfil é voltado para o aumento comercial, que vise a captação de novos clientes, recuperação de clientes inativos ou insatisfeitos, e afins”.
Ouvir isso também é maravilhoso para quem vai contratar alguém para essa área ou para qualquer outra que tenha ligação com vendas.
Esses dois perfis são buscados todos os dias, a todos os minutos, pelas empresas pelo motivo de o objetivo principal sempre ser ou economia de gastos ou aumento de vendas. Basicamente, qualquer negócio funciona nesses dois sentidos. Assim, se torna necessário expormos essas ideias para quem estiver nos entrevistando.
“Quanto tempo você vai me dar para provar a resposta dessa pergunta?”
Essa declaração também é interessante porque mostra que o(a) profissional quer mostrar na prática, não somente em palavras. Assim, nós desafiamos e induzimos qualquer recrutador(a) a pensar que deve nos dar a oportunidade.
Ainda sobre isso, podemos ser mais audaciosos e pedir uma semana de experiência, mesmo que temporária, fazendo o seguinte convite: “Me dê uma semana aqui e depois disso, me diga se vai me contratar ou não. Eu só consigo mostrar na prática o que posso fazer”. Olha que delícia ouvir isso !!! Dificilmente um(a) recrutador(a) vai reprovar uma atitude como essa, a não ser que tenha uma visão muito limitada de seleção de pessoas.
“Sou o que você quer para essa função”
Até poderíamos imaginar uma colocação como “Sou o que você precisa para essa função”, mas quando falamos sobre precisar ou necessidade, podemos atingir o ego da outra pessoa e isso pode ser prejudicial como algo de ter algum interpretação equivocada como “Eu não preciso de você”, ou algo do tipo.
Quando usamos a expressão “Sou o que você QUER”, transmitimos subliminarmente uma mensagem de poder para a pessoa. Ela vai se sentir com o poder na mão, amaciaremos o ego e com isso provavelmente demonstre o poder dando o sim.
E então? Vamos colocar em prática tudo isso a partir de já?
Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Articulista dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.