Insatisfeito no trabalho? Saiba o que fazer

A motivação humana sempre foi e é objeto de estudo de muitos especialistas em comportamento humano. A cada necessidade alcançada, outra surge. Esse é o ciclo normal do condicionamento comportamental do ser humano. Gerações mudam, hábitos também. Atitudes mudam, formas de administrar pessoas também. Com isso, o formato de satisfação profissional não é mais como algumas décadas atrás.

Em muitos momentos, podemos nos ver no meio dessa situação: a insatisfação com o atual trabalho. Isso nos maltrata, fadiga, angustia e nos tira o sono. No entanto, antes de tomarmos uma decisão efetiva, devemos atentar a alguns detalhes:

 

CHECAR SE NÃO É UMA INSATISFAÇÃO DE MOMENTO

A insatisfação de momento é o motivo que mais cria desmotivação em profissionais com tendências a pedirem demissão. Não conseguir identificar um real motivo faz com que muitos talentos deixem de seguir suas carreiras de forma plena. Um novo chefe, nova cultura, novas ordens, novas missões são alguns dos fatores que fazem a insatisfação chegar de forma avassaladora. Em alguns casos, a falta de flexibilidade para mudanças também cria esse pesadelo.

O primeiro ponto a analisarmos num momento de insatisfação é se ela não está ocorrendo por alguma circunstância do momento ou uma crise no setor de atuação. Se for, precisamos reavaliar o nosso plano de voo e adequar à realidade atual. Caso contrário, daqui a alguns anos podemos olhar para trás e nos arrepender de ter deixado um sonho que foi embaralhado por um momento pontual.

O que verdadeiramente nos leva à insatisfação?

 

NÃO SAIA DA EMPRESA SEM NENHUMA CARTA NA MANGA

A insatisfação pode nos levar a decisões precipitadas e impulsivas. A revolta pessoal pode ser tamanha a ponto de nos cegarmos em um processo de tomada de decisão. Para isso, precisamos ter tolerância, equilibrar o pensamento e traçar um plano de voo que nos possibilite sair de uma empresa para a outra, sem que fiquemos parados(as) no mercado, principalmente nesse momento como o que estamos passando. Para isso, temos a árdua missão de suportar o que está ocorrendo, desde que não seja assédios de quaisquer natureza.

Contatos com amigos e conhecidos, headhunters, e empresas de recrutamento e seleção de pessoas são alguns dos caminhos com a possibilidade de nos levar a uma nova recolocação de maneira mais rápida.

 

TENTATIVA DE DIÁLOGO COM O(A) CHEFE(A)

Esse fator é muito válido e recomendável. No entanto, precisamos avaliar se temos a liberdade de desabafar com ele(a): o(a) chefe(a). Se houver, o ideal é que possamos expor os pontos críticos e pedir orientações para que possamos continuar ou sair. Muitos chefes(as) gostam que seus liderados compartilhem insatisfações. Assim, podem tomar decisões efetivas para melhorar a auto estima da equipe como um todo. Porém, infelizmente nem todos são assim.

Se, mesmo após esse diálogo, a insatisfação continuar por algum motivo, o ideal é que possamos traçar outros objetivos. Assim não perdemos tempo e não fazemos a empresa perder tempo com uma mão-de-obra com tendência a diminuir a produtividade.

 

NOVAS ALTERNATIVAS DE RENDA

Muitos profissionais possuem talentos, mesmo que seja fora da área atual de atuação. Com isso, podemos avaliar novas alternativas de rendas/ganhos “por fora”. Normalmente, quando iniciamos um trabalho de maneira informal, podemos crescer a ponto de podermos sair da empresa atual sem que isso onere o nosso orçamento familiar.

Se o trabalho ocupar todo o nosso tempo durante a semana, podemos criar atividades alternativas aos sábados, ou aos domingos, ou aos feriados, ou em qualquer momento, mesmo que seja o mínimo. Não podemos deixar de fazer. Nessas atividades, podemos descobrir um mundo de oportunidades que não estávamos vendo durante a correria e estresse do dia-a-dia.

Para que isso funcione efetivamente, precisamos criar projeções de quanto precisarei vender nessa nova alternativa de renda e se o valor que posso ganhar supre o meu atual salário. Se não suprir, continue na empresa e manter essa outra forma de renda.

 

NÃO PERMITIR QUE AFETE A SAÚDE

Se nós percebermos que a insatisfação do trabalho atual está afetando a saúde, precisamos ligar o alerta máximo. Dores de cabeça frequentes, estresses sem qualquer motivo aparente, gripes todas as semanas e dores no corpo são alguns sintomas de um estresse crônico. Se chegarmos a esse ponto, realmente precisamos sair. Para termos uma nova recolocação, precisamos estar com saúde e condições físicas e emocionais para trabalharmos em um novo desafio.

Nesse caso, se planejar financeiramente é importante. Se tivermos alguma reserva financeira guardada, precisamos projetar por quantos meses ou anos conseguiremos ficar fora do mercado. Se for um tempo razoável, devemos sair no mesmo dia e criarmos novas direções.

Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Articulista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Arte rupestre amazônica: ciência que chega junto das pessoas e vira moda

Os estudos realizados em Monte Alegre, no Pará, pela arqueóloga Edithe Pereira, já originaram exposições, cartilhas, vídeos, sinalização municipal, aquarelas, história em quadrinhos e mais,

Leia também

Publicidade