Fui demitido (a), e agora?

Ela pode nos pegar desprevenidos. Quando menos esperamos, podemos receber a notícia: a demissão. Além de ser um momento aterrorizante para qualquer profissional, também nos surge muitas dúvidas sobre o que fazermos daqui para frente, para onde irmos e como escrevermos os próximos passos. Em muitos casos, o desespero pode tomar conta a ponto do(a) profissional entrar em colapso nervoso e desistir de tudo. Mas calma. Sobre isso, infelizmente é um ocorrido que precisamos saber lidar, e assim, criamos alternativas para seguir e buscar novos voos profissionais.

 

DESCANSAR?

Muitos profissionais cogitam a possibilidade de sair de cena para descansar por um tempo. Isso é válido? Claro que sim, desde que tenhamos uma reserva financeira suficiente para fazer isso acontecer. Caso contrário, precisamos cair em campo de forma urgente para que o desemprego não gere necessidades básicas.

Sobre a possibilidade de tirar um tempo para descansar, podemos afirmar que momentos assim podem gerar excelentes ideias. O descanso, normalmente, nos tira da fadiga da rotina do dia-a-dia que, quase sempre, não nos permite parar para pensar em novas ideias, novos planos e projetos. Com a mente descansada, o cérebro trabalha menor e estimula os gatilhos da criatividade. Em um momento neutro como esse, com a mente vazia e descansada, podemos até mesmo descobrir uma excelente forma para se ganhar dinheiro com um negócio próprio ou uma excelente forma de buscar recolocação.

Portanto, se houver a possibilidade de fazer esse descanso sem que onere o orçamento familiar, faça.

 

RECORRER A CONTATOS ANTIGOS?

Apesar de sempre ouvirmos que o networking é fundamental para a recolocação, temos que ter algumas cautelas. Uma delas é recorrer a contatos antigos. Normalmente, pessoas que não falamos há muitos anos rejeitam contatos feitos em momentos de alguma necessidade como, por exemplo, um novo emprego. A não ser que seja um(a) grande amigo(a), a  interpretação pode ser “Depois de anos e anos sem me dar um oi, me liga para pedir emprego. Nunca se preocupou nem para saber se estou bem”.

Dessa forma, ganhamos mais rejeição do que a possibilidade de uma nova oportunidade. Por isso, é fundamental que contatos sejam feitos de forma contínua, nem que seja um Bom dia, ou um Boa tarde. Para isso, há uma estratégia interessante: colocar todos os e-mails e contatos de conhecidos em uma planilha, e com isso, uma vez ou outra enviar alguma mensagem de ânimo ou de qualquer outra natureza. Dessa forma, criamos vínculos reais e seremos sempre lembrados por essas pessoas.

Mas se, ao contrário disso, tiver intimidade suficiente para contactar a pessoa, pode fazer. Certamente ela entenderá que está pedindo ajuda e dificilmente haverá alguma reação negativa. A tendência é que o auxílio venha.

REVER PLANOS COMO IDIOMAS OU ESPECIALIZAÇÕES?

Com o aumento de ofertas de profissionais disponíveis no mercado, a linha de corte de avaliação das empresas subiu muito. Várias funções que antes não pediam o segundo idioma avançado, hoje pedem. Outras que antes não pediam conhecimentos tão específicos, agora solicitam como item mandatório e desclassificatório, se não tiver.

Portanto, o momento da saída recente de uma empresa é de auto-reflexão e análise se algo não está faltando em nosso perfil profissional. Se não tiver o segundo idioma, entre cabeça num curso que possibilite o avançado ou fluência. Se não tiver um conhecimento específico que as mudanças de mercado começam a exigir no momento, se empenhe em aprender e ter uma certificação. Em muitos casos, somente esses dois fatores podem fazer a oportunidade certa aparecer.

A essência do atual mercado é ter conhecimentos específicos que poucos possuem. Assim, nos tornaremos necessários para a empresa com aquele tipo de atividade. Depois que houver essa especialidade, o ideal é conhecer outros assuntos, e assim, se tornar um(a) profissional multitarefas. No entanto, ainda de forma tradicional e conservadora, ainda acredito na especialidade. Penso que quase focamos em uma direção, a possibilidade de acerto é maior, e quando focamos em várias direções ao mesmo tempo, podemos deixar algo passar despercebido. Isso pode nos tirar muitas oportunidades.

 

MAS EU PRECISO DE UM NOVO EMPREGO IMEDIATO

Quando a necessidade pela recolocação é urgente, precisamos traçar estratégias para alcançamos, de forma rápida, as empresas que contratam diretamente, as que recrutamento e selecionam e as que terceirizam mão-de-obra. E o mais importante….. as pessoas responsáveis por cada processo de seleção.

Com o advento da tecnologia, temos muitos grupos em mídias sociais que nos possibilitam termos acessos diretos aos nomes de empresas, donos, gestores e especialistas que podem nos colocar em processos seletivos. Os sites de buscas são exemplos claros disso. Para tal, as redes sociais são as fontes que essas pessoas estão, em sua grande maioria. Alguns não são adeptos, mas a maioria sim. É lá que temos que ir.

Contatos diretos são necessários. Isso vai nos fazer estarmos destacados diante de tantos e tantos envios todos os dias de currículos por e-mails.

Para um momento diferente, precisamos ter ações diferentes. Isso é o que vai nos levar à nova oportunidade.

 

Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Articulista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.

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