Carnaval saudável

Para quem tem crianças, a época carnavalesca ensina bastante.

Carnaval, para muitos, época de diversão e alegria, já para outros, de descanso. Seja qual for seu “bloquinho”, saiba que esse período do ano pode trazer muito bem estar, especialmente para crianças. Eu, Suymara, nasci em janeiro e me considero filha do Carnaval. Gosto muito da energia do Carnaval de rua, dos bailes, dos trios, das escolas de samba, das fantasias, das músicas tradicionais… o lúdico da festa e a animação sempre me encantaram.

E após dois anos muito críticos da pandemia da Covid-19, esse feriado móvel, determinado pela Páscoa, chega com um sabor maior de celebração.

Mas, de onde vem essa tradição? Os egípcios, hebreus, gregos e romanos celebravam suas colheitas com festas que eram consideradas pagãs. Na Grécia Antiga, já era possível observar o uso de máscaras e as danças começaram a se tornar cada vez mais populares e características. E toda essa festividade começou a fazer parte da cultura cristã, durante a idade média, tendo início no dia de Reis e finalizando na Quarta-Feira de Cinzas.

Nos dias atuais, a festa do Carnaval pode ser comparada a uma grande empresa, uma grande organização estruturada em departamentos que tem metas, prazos estabelecidos e gente, muita gente para coordenar. É um período rico em cultura e podemos aprender muito nessa época do ano, especialmente sobre paixão e propósito.

Foto: Clarissa Bacellar/Portal Amazônia

O planejamento na organização dos trios, a estrutura das escolas de samba, a colaboração, o espírito de equipe, o ritmo, a sincronia, a harmonia, a criatividade e originalidade na criação das fantasias, das coreografias, adereços e alegorias, sem contar no impacto positivo na economia, com seus muito empregos gerados não só na época carnavalesca, mas ao longo do ano todo.

Para quem tem crianças, a época carnavalesca ensina bastante com as festinhas temáticas e os consagrados confetes e serpentinas. É tempo de reunir os amigos, socializar, conhecer novas pessoas, compartilhar, trabalhar empatia e lidar com o diferente e as diferenças.

É também pela brincadeira, pelas risadas e pelas trocas de conhecimento que entendemos o mundo. Compartilhar o copinho de confete e se imaginar uma linda princesa ou um super herói fazem parte do imaginário da festa, além de serem instrumentos para trabalhar a criatividade, aspecto muito positivo para tornar essas crianças e adolescentes adultos mais criativos e com mais auto-estima e confiança.

Brincar Carnaval é uma atividade muito saudável na infância porque também desenvolve a coordenação motora com as inúmeras coreografias e mostra a diversidade musical e de ritmos que temos. Papais, mamães e cuidadores atentem, porém, para alguns cuidados importantes:

1. Respeitem a faixa etária, bem como verifiquem se o local e horário são adequados para a turminha.
2. Fiquem de olho na hidratação (cerca de mais de 2 litros de água) e alimentação saudável.
3. Certifiquem-se de que a fantasia escolhida é a melhor opção para aquela ocasião. É leve? Machuca? Calorenta?
4. O carnaval é na rua? Cuidado com a pele, não esqueçam o protetor solar.
5. Fiquem sempre perto da sua criança (s).

Sua família não curte o carnaval e sua criança quer participar de uma carnaval com os coleguinhas? Diálogo é o melhor caminho. A folia de Momo traz muitos benefícios, mas deve estar em consonância com a dinâmica da família.

Sua criança não se diverte em eventos assim e prefere passar esse período descansando? Também vale o respeito para as individualidades. Só verifiquem se a troca não é para ficarem muitas horas nas telas e/ou dispositivos eletrônicos. Mediem esse horário!

Um ótimo Carnaval para todos. Com segurança, saudável e feliz, tanto para quem optou descansar, quanto para quem vai focar na diversão entre amigos.

Sobre a autora

Suymara Braga trabalha com educação há mais de 25 anos, professora de MBA para cursos de desenvolvimento humano (inteligência emocional, psicologia positiva, coaching) e na área educacional (fundamentos da educação, andragogia). É coach e especialista em Marketing e Psicologia Positiva. É colunista de Comportamento e Educação da CBN Amazônia em Manaus e Macapá, criadora do Podcast Positivando e cofundadora da empresa Parque de Ideias. É estudiosa da linguagem como ferramenta social e apaixonada pela ciência da Felicidade e Bem Estar.

*O conteúdo é de responsabilidade da colunista 

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