— O palco era um medo antigo meu, então poder enfrentar isso e me sentir confiante e cercada de pessoas que me apoiam foi muito bom. É uma sensação eletrizante, ao mesmo tempo em que temos controle de tudo, podemos não ter o controle de nada — conta Cleo, citando Caetano Veloso e Sepultura como referências. — Mas não consigo pensar numa só pessoa para fazer um dueto, pois a lista é grande – diverte-se.
Apesar do novo momento, ela não pensa em deixar velhos hábitos para atrás. As novelas e afins seguem firmes:
— Amo atuar. São duas profissões que me completam como pessoa, não desistiria de nenhuma delas.
Seja como cantora ou atriz, uma coisa é certa: Cleo não da boca do povo. No carnaval, por exemplo, foi assunto ao aparecer na Sapucaí com adesivos nos seios e o abadá do camarote Itaipava recortado no formato de um coração. Sexo também costumar ser pauta no seu dia a dia.
— As pessoas estão acostumadas a verem a mulher oprimida, com medo de ser quem ela é. Rejeitam quem é dona de si e do seu corpo. Não faço para provocar, faço porque gosto, porque quero. Hoje em dia não me prendo nesses comentários, procuro focar em coisas positivas.