A última cartada é sempre a próxima aposta. No centro de um ciclo vicioso em ‘A força do querer’ está Lilia Cabral, intérprete de Silvana, uma jogadora compulsiva que se recusa a acreditar que sofre de um transtorno de comportamento. Mentindo para si mesma, a arquiteta tenta convencer a família de que o seu hábito de frequentar mesas de pôquer está longe de ser algo negativo.
“Silvana não se sente viciada, acredita que jogar é simplesmente um prazer, uma válvula de escape, uma prática para relaxar. Ainda vai demorar até que ela perceba a realidade, porque na vida é assim que acontece. Quando a pessoa descobre que virou dependente, já está na pior. Por enquanto, Silvana inverte o jogo, acha que a filha, Simone (Juliana Paiva), está contra ela e que foi contratada pelo pai, Eurico (Humberto Martins) para infernizá-la”, observa a atriz de 59 anos.
A conta para os excessos da endividada Silvana vai ficar ainda mais pesada. “Estou me preparando para as viradas drásticas que vêm por aí. Silvana vai chegar no fundo do poço. O vício vai ter consequências, acredito que o desfecho dela na história será esclarecedor. É uma personagem com um papel social. Quem tem o mesmo problema se identifica. Ela ajuda também ao público a identificar amigos ou parentes que estejam passando por essa situação. É importante dizer que vício não escolhe classe social. É perigoso para todo mundo — alerta a intérprete da arquiteta, que nos próximos capítulos terá seu carro roubado no dia em que mente para o marido sobre uma viagem a São Paulo (na verdade, passou a noite jogando no Rio)”, disse.
Uma ida a um salão de beleza na Zona Sul do Rio ratificou para Lilia que o drama de Silvana é mais comum do que se imagina. “Uma mulher me falou que a mãe joga a aposentadoria inteira, ou seja, joga tudo que tem. Outra, toda grifada, me falou que já teve problema de compulsão por compras. Ela afirmou que conseguiu se livrar…”, conta, desconfiada de que a telespectadora faltou com a verdade. Saiba mais no iBahia.