Assim uma moça definiu a ‘vida’ em um desses almoços que frequento de vez em quando. E completou: “Já leu um texto que está rodando por aí, chamado ‘Depois’, é assim mesmo”. Ouvi como um alerta por causa dos últimos acontecimentos. Se vamos desaparecer como um sopro, porque não dizer eu te amo; obrigada; me perdoa; alô, como você vai, em vez de teclar esta frase! Não esperar para chamar a melhor amiga para almoçar; fazer encontro de toda a família, só para reunir, estar junto.
Estamos sempre pensando “depois eu faço, digo, resolvo” e o tempo passa. E o mais certo, que esse mesmo tempo não volta. Considerar 2016 o pior ano de todos os tempos? Jamais. Tantas coisas boas aconteceram na minha vida. Tantos feitos concluídos. Tantas vitórias. Se posso me reinventar, claro que farei a reinvenção quantas vezes forem necessárias. E este ano foi assim.
Na quarta-feira, assistindo a um programa de televisão, ouvi uma frase do excelente Millôr Fernandes, que anotei na minha agenda e senti vontade de colocar aqui, para encerrar este meu escrito: “A vida começa quando a gente compreende que ela não dura muito”. Ou seja, é um sopro. Até.