Passando o pano!

Tudo começou com a célebre frase: “Lembra do tempo do milhito Jack’s da Amazônia”? Pronto. Bastou isso. Veio uma enxurrada de lembranças, muito bem regadas com aquelas geladíssimas véu-de-noiva, sábado à noite, na calçada do bar Pharmácia, Cachoeirinha. E meu coração, navegador, não perdeu a oportunidade de se emocionar com as recordações dos amigos manauaras.

“Lembra do tempo que a gente comprava, na cantina do colégio ou na taberna, o refrigerante no saco plástico”? Mas, por que? A resposta veio pronta. “Simples, antigamente não tinha casco não retornável, né”?

Outro clássico, a minúscula contração da expressão ‘não é’! Consigo encontrar em quase todas as falas dos amazonenses de boa cepa. Exemplo: Afirmando: Né! Perguntando: Né? Ou, ainda, uma frase com todo o peso que a mãe coloca na entonação: “Vai, não, entendeu, né”! A pessoa treme nas bases.

Foi quando surgiu o título para este escrito: “Fica olhando se ele vai chegar. Fica aí, passando o pano”! Suponho que a melhor tradução dessa expressão, no meu “entendimento amazonês”, é: “enrola até o dito cujo aparecer”! Né, mana? E a pessoa não sai do lugar, nem com nojo! Até.

Foto: Divulgação

PS- Domingo, 22, encontrei a mesma reminiscência do milhitos no whatsapp do No Amazonas É Assim. Né?

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

A promessa de Natal que não pode ser cumprida

Na nova condição de genro, sem pensar muito, fiz uma promessa aos meus sogros. Algo que todo pai pediria ao Papai Noel. Disse a eles: "farei a sua filha feliz".

Leia também

Publicidade