Hoje em dia, tenho lavado minhas peças íntimas, no chuveiro, como se estivesse numa cacimba (quem nunca viu uma mãe, amiga da mãe, colega, seja lá, lavando roupa em uma cacimba, que atire o primeiro pedaço de sabão em barra Tuchaua), pego o sabonete e esfrego, deixo “quarando”, enquanto termino meio asseio matinal. Lavo, sacudo e estendo. Sei que você, amigo leitor, ou querida leitora, “imaginou” a cena. Segue o raciocínio. Arrumo, hoje em dia, a minha cama com precisão cirúrgica. Estendo o lençol e ele cai mansamente na cama, jogo por cima o cobertor, estico o máximo para retirar todo o ar, pego os travesseiros, bato delicadamente um contra o outro, como se estivessem se abraçando, fazendo isso, todos os pensamentos negativos da noite, e os repouso, lado a lado, encostando na cabeceira, delicadamente.
Na sequência, a caminhada. Calçadão afora, pisando nas lojotas portuguesas (o Largo São Sebastião veio primeiro, eu sei), preta sim, branca, também, acompanhando, magnetizada, a horda que se forma, como um pelotão, num vai e vem de línguas – de todos os sotaques – recebendo a brisa marinha e sentindo a maresia. Ao término, a pessoa – eu, claro – compra os jornais do dia, toma café na lanchonete da esquina e volta para casa com um sentimento de paz interior fantástico. Apenas. Paz. Até.
EM CENA
Leva Eu! Top de linha
Aproveitando todo o axé do nosso majestoso Rio Negro, no Dia de Iemanjá, a Fábrica de Eventos, leia-se Bete Dezembro e Daiana Pereira – abriram com todas as honras de estilo, a carnaval da cidade com o Bloco Leva Eu! Tudo aconteceu no Porto de Manaus, centro histórico. Um luxo. Meu story @mazemanaus, feito pelo jornalista Rodrigo Guimaraes, bombou, literalmente, por assim dizer. Confira as fotos.
Pedrina em grande estilo
Carlos José Cavalcante sabe fazer festa e, para a mãe Pedrina, não poderia ser diferente. Os convidados atenderam ao pedido do traje, no convite, e virou folia das boas. Vida longa, querida Pedrina Cavalcante!
Ouvido de elefante
Dentro do metrô, o rapaz fala para o amigo: “dois meses sem receber. O cara da firma foi preso e agora não sabem quando vão nos pagar.” E o amigo: “como você está se virando?” A resposta: “Dando aula particular.” Chegou minha estação. Olhei de soslaio e vi que ele, sem receber, carregava um violoncelo na caixa. Eita, nós!