A oblação foi mágica, transcendeu as expectativas de quem lá estava para assistir, aplaudir, cantar, sem misturar as estações, entende? Eles abriram o show cantando “Caminhando contra o tempo, sem lenço e sem documento…”. ‘Alegria, Alegria’ foi direto ao ponto da consagração de uma plateia ciosa de apresentações desse naipe.
E tal e qual se fazia antigamente, quando nossos pais diziam: “Canta, toca, dança, menina”, Caetano não fugiu à regra herdada, certamente do pai e de dona Canô, sua mãe. Apresentava os filhos e mandava, sim, mandava orgulhoso cada um cantar essa ou aquela canção autoral.
A devoção a Santo Amaro, cidade baiana de onde nasceu essa família chamada Veloso, é veia aberta e exposta nas falas, nas letras e nas músicas. Bonito e emocionante perceber que os baianos, assim como os paraenses, não fazem a mínima questão em esconder o amor que têm ao chão de onde vieram. Belo exemplo.
No mais, teve de tudo. Filho que dançou funk com direito a ‘sarrada’, filho encabulado que não levantou da cadeira a pedido do pai, filho que se destaca em todas as posições sem que isso se torne um movimento de esquerda ou de direita dos outros irmãos. A irmandade é completa sem estrelismos, até porque eles, com o pai, são as estrelas. E quer saber? “Gosto de te ver leãozinho…arrastando meu olhar como imã … quando me doura a pele ao léu…”. Falo de letras rimas e outros ‘qtais’. Apenas. Até.