Não é bobice, juro. “Mulher nova, bonita e vaidosa, faz o homem gemer sem sentir dor”. Quem ama vai entender o que estou escrevendo. No momento em que vi Amelinha entrar no tal ‘DingDong’ do Faustão, já fiquei com nó na garganta. Quando ela começou a cantar, fui remetida a um delicioso passado, onde as minhas tardes de domingo, depois de ‘passar o dia’ com a filharada e amigos, no ‘banho’ do doutor Gesta, rumávamos – somente os adultos –para o Clube Municipal para aplaudir o maravilhoso Zezinho Corrêa e sua trupe Carrapicho.
De repente, o toque modulado da sanfona, me levou para o Marreiro’s – os mais novos não sabem onde ficava – sempre aos sábados, com os casais dançado até quase de manhã. Lá, penso que, quem cantava era o new Maca’s. Coisa boa esse tempo da Manô de Mil Contrastes. Hoje em dia, onde ‘se dança’ em Manaus? De rosto colado, falando coisas de amor no ouvido da amada ou do amante? Estou falando de ‘dançar junto’, não é forró, funk, sertanejo, que não tenho nada contra, gosto para caramba, mas sinto falta rodopiar no salão, ao som das músicas da Amelinha, Zé Ramalho, Zezinho Corrêa e por aí vai. De rosto colado. Até!
Pensamento de segunda:
“Quando você acredita no sucesso, é um perigo. Você pode se encantar consigo e isso é uma coisa traiçoeira”. Sílvio de Abreu, autor de novelas.